Por conta dessa paralisação, Natal ficou sem transporte público desde a última segunda-feira até à tarde de ontem. O período ficou marcado principalmente pelo não cumprimento da Lei de Greve, que prevê o funcionamento de 30% do serviço – nessa paralisação, nenhum dos mais de 700 ônibus que circulam na capital rodou. Além disso, vários atos de vandalismo marcaram o movimento.
De acordo com Augusto Vale, coordenador jurídico do SETURN, os prejuízos são milionários. “Giram em torno de R$ 1,7 milhão”, explica. Segundo ele, a média diária de prejuízo girou em torno de R$ 500 mil. Em compensação, gastos como os de manutenção e combustível foram praticamente nulos.
Já no comércio, a situação foi bem diferente. Grandes centros comerciais da cidade, como os bairros do Alecrim e Cidade Alta foram duramente prejudicados com a greve dos rodoviários. “É possível que a queda nas vendas tenha sido de até 50%, principalmente nos comércios de rua. O Alecrim e a Cidade Alta certamente foram muito atingidos por essa greve porque a força do comércio nessa região está atrelada ao transporte coletivo”, disse Adelmo Freire, superintende da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL) ao jornal “Diário de Natal”.
Só no Alecrim, circulam uma média de 100 mil pessoas por dia. O bairro é trajeto de praticamente todas as linhas que tem o Centro como destino. Segundo a Associação Comercial do Alecrim, o prejuízo ficou entre 50% e 60%.
Quem também teve o movimento afetado foram os shoppings. No maior da cidade, a associação dos lojistas estima que a queda foi de 50% nas vendas. A avaliação é de que só no fim de semana é que o movimento volte a normalidade.
Por Andreivny Ferreira