Para chegar até a Escola das Dunas, localizada em Pitangui, cerca de 40 estudantes estão tendo que se “virar”. Bicicleta, carona e até à pé, vale tudo para não perder aula. Por ficar no fim da linha, os estudantes dos distritos de Estivas, Pedrinhas e Grutas são os mais prejudicados.
Rosane Lima, 17, estudante do 1º ano, informa que a super lotação não oferece condições para o motorista dirigir. “Ontem por pouco não ocorreu um grave acidente, o ônibus ia batendo de frente com uma caminhonete, em uma das curvas da estrada de Pitangui. Tem gente em todo lugar, em cima do motor, atrás da cadeira do motorista, espremido contra o pára-brisa”, relata a estudante.
Segundo o aluno Gleyson Rayendes, 16, aluno do 3º ano, o problema com o transporte escolar não é de agora, “no início dessa administração o ônibus de Tarcísio parou por um mês”, Tarcísio é o locador anterior do transporte escolar.
A secretária Municipal de Educação, Rosineide Brito, mais conhecida como “Galega”, informou que não tinha conhecimento de que os alunos estivesse há cinco dias sem os transportes, e que os alunos são do Estado. “Sei que existe um convênio da Prefeitura com o Governo, e que o dinheiro é repassado pelo Estado, não posso afirmar que o pagamento está em dia. Apenas o Secretário de Administração e Finanças tem esta informação”, afirmou a secretária. Questionada sobre o nome e número do celular do seu colega secretário, a ligação “caiu”. Refeita a chamada, o número estava “fora de área ou desligado”.
Também foi tentado um contato com o coordenador do Setor de Transporte Escolar da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC), o senhor Oswaldo Gomes, através do número 8137-2260, o mesmo não atendeu as ligações.
Problema Antigo: O problema com o transporte escolar em Extremoz não é de agora, em 30 de setembro de 2011, o prefeito Klauss Rego, contratou a empresa TRANSP (Transportes de Petróleo LTDA), mediante dispensa de licitação, para condução de alunos da rede municipal. O curioso, para não dizer estranho, é uma empresa transportadora de petróleo e de produtos perigosos ser contratada por mais de R$ 70 mil, mas para levar jovens e crianças. O contrato de licitação foi publicado nos Diários Oficiais do Estado e do Município.
Fonte: Jornal de Hoje