Além da instalação de lojas e quiosques de artesanato, que saíram de um lado para o outro da rodoviária e estão em processo de montagem, o que mais vem atrapalhando a conclusão das obras é a implantação da Central do Cidadão.
Inicialmente, a estrutura estava programada para ficar no térreo, na antiga área de embarque, mas o Governo do Estado solicitou à Socicam, empresa responsável pela manutenção da rodoviária, para que o órgão ocupasse o piso superior, onde se localizavam os antigos guichês das empresas de ônibus. Todo o planejamento precisou ser revisto.
Os usuários não parecem se incomodar com os transtornos causados pelas obras e elogiam as mudanças em curso. “Olha, tá muito boa mesmo à estrutura. Tá faltando um retoque ou outro, mas tô gostando”, avaliou Gláucio Emanoel, 34, vendedor que acabava de chegar de São Paulo do Potengi.
Na área que já foi reformada tem restaurantes novos, com mesas e cadeiras. O setor onde ficam os guichês para a compra de bilhetes também está com estrutura nova. Quem percebeu as mudanças foi Caroline Alves, 27, nutricionista, que acabava de desembarcar de Recife. “Está melhorando, está bem mais apresentável e com mais serviços que antes”, comparou.
Estão chegando novas marcas, os lojistas antigos estão se adequando à nova estrutura da rodoviária e, segundo o administrador, vem uma grande loja para compor a área que deveria ser destinada à Central do Cidadão no térreo. “Estamos querendo instalar uma loja âncora, que deve tomar boa parte do espaço. Faltam só questões contratuais”, informou Rodrigo Wanderley.
Além dos problemas relacionados ao atraso nas obras, a Socicam afirmou que enfrenta a negativa de alguns empresários das empresas de ônibus, que não pagam as taxas pelo uso da rodoviária. A taxa consiste num valor repassado à administração do terminal pelo tempo em que o ônibus fica parado no local para a subida e descida de passageiros. As empresas de aviação fazem o mesmo tipo de repasse à Infraero pelo uso dos aeroportos.
O Terminal Rodoviário de Natal movimenta diariamente uma média de 2.300 pessoas. Em feriados esse número triplica, podendo chegar a 7 mil. São 12 empresas de ônibus fazendo o transporte de passageiros para o interior do Rio Grande do Norte e para outros estados.
Fonte: Novo Jornal