Como resultado, Augusto lembra que o extrato de tudo isso sai negativo. “Sofre o passageiro e também o empresário com um sistema defasado”, diz.
De acordo com o diretor do Seturn, atualmente a frota de veículos em circulação na capital é de 750 ônibus, número considerado dentro do esperado, mas que acaba não atendendo bem a população pela falta de uma fiscalização pública no transporte coletivo.
“O número de ônibus não é o grande problema. Poderia ser mais? Poderia. Mas o problema está justamente na falha de distribuição dos ônibus dentro das linhas. Hoje nós temos linhas que carecem de uma quantidade maior de ônibus, enquanto outras não necessitariam tanto assim. A questão é de planejamento”, diz.
Segundo Augusto, a prefeitura não fiscaliza os usuários e a consequência é financeira para as empresas. “A corrupção nas carteiras de estudantes, os subsídios e gratuidade das passagens não são fiscalizadas com rigor e no final a consequência maior cai para cima das empresas”, diz.
Augusto aponta a falha no gerenciamento como um dos fatores que levaram a falência da Viação Riograndense, decretada no último domingo (12), e que causou a dispensa de mais de 150 funcionários e a suspensão das linhas urbanas 03, 28 e 45. “É inadmissível que uma empresa com mais de 60 anos de mercado sucumba dessa forma”, diz Augusto. Com a retirada dos 30 ônibus das três linhas, 18 mil passageiros/dia foram prejudicados.
Fonte: Jornal de Fato