Editorial UNIBUS RN: Menos tarifa; mais votos

 
Muito ainda tem se discutido sobre a revogação no aumento da tarifa em Natal. O maior dilema é a aflição que há com o desfecho por parte das empresas: entrega de linhas; redução no número de viagens e modificações na integração temporal – questões que já estão sendo discutidas como contrapartida a manutenção do valor de R$ 2,20. Seja o que for, razões os usuários irão sentir pelas atribuições políticas da revogação do aumento na tarifa.
O histórico fato da revogação teve atribuições diretamente políticas. São explícitos os comentários na sociedade de que a maioria da população não acredita que a tarifa teria seu valor reduzido, se não estivéssemos em plena campanha eleitoral. A questão envolve uma maior densidade e complexidade. Como já discutido entre empresários, mídia e demonstrado aqui no UNIBUS RN, a redução de impostos é a melhor das soluções. O usuário como único financiador do sistema de transporte, é algo de extrema deficiência, pois nos direciona até a gravíssimos casos, como o que estamos vivendo agora; o sistema prestes a falir, o que resulta diretamente na vida do usuário, que passa a ter um transporte com maior deficiência. O usuário, único fiador e, neste caso, quem deveria melhor usufruir do sistema de transporte, passa a condição de problematizado – o que é extremamente lamentável.
Sentir isso é fácil: é como se cada um de vocês, leitores, adquirissem determinado produto e só pudessem usá-lo moderadamente por motivo de forças maiores. Os próprios órgãos de defesa do consumidor nos aconselhariam a questionar tais forças maiores para que pudéssemos gozar de nosso produto adquirido. Infelizmente essa força superior já se mostrou negativo a você, comprador – neste caso, usuário. É a prefeitura, que alega não poder reduzir impostos ou subsidiar o sistema. Um vilão que demonstra seu desleixo não só com o sistema, mas com os próprios usuários. Como reação, não poderia haver outra, se não a busca de medidas para salvar as empresas – mediante qualquer coisa, um patrimônio privado. Falando em patrimônio privado, lembramos – não só do recente caso da Riograndense, que faliu – mas das demais empresas que fecharam suas portas; todas ligadas, diretamente, a falta de ação dessas forças maiores.
Aguardemos ansiosos novos atos históricos relacionados às atribuições políticas. De preferência, que invista no setor de transporte e estruture o sistema de Natal. Até lá, talvez só tenhamos revogações no aumento da tarifa, o que se converterá em mais votos.

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