É infundada a afirmação de que os veículos por meio dos quais se verifica o transporte escolar de estudantes da rede pública estadual e municipal em Ipanguaçu pararam por conta da existência de um débito sob a responsabilidade do Governo do Estado. O desmentido categórico foi feito pela titular da 11ª Diretoria Regional de Educação (Dired), em Assú, professora Francisca Livanete Barreto Ferreira.
A informação de que os veículos estariam estacionados por conta de atraso de pagamento teria se originado na esfera da Secretaria Municipal de Educação da prefeitura ipanguaçuense. O fato chegou ao conhecimento da diretora da Dired por intermédio de um grupo de professores e pais de alunos do município. Livanete Barreto disse que, ciente do episódio, procurou diligenciar a fim de solucioná-lo imediatamente.
O primeiro contato que buscou foi com a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seec), na capital do Estado. Deste órgão colheu a confirmação de que a transferência mensal para o custeio do transporte escolar está rigorosamente em dia. “Estou de posse de um documento oficial da secretaria confirmando o repasse para a prefeitura”, reafirmou, dizendo que na quarta-feira encaminhou cópia do papel à pasta municipal de Educação.
No entendimento da titular da 11ª Dired houve um grande equívoco. Livanete Barreto assegurou que não existe qualquer inadimplência do Estado para com o município ou quaisquer prefeituras com as quais exista convênio para a manutenção do transporte escolar. Ela explicou que, no caso de Ipanguaçu, o que pode ter provocado o mal-entendido é o fato de o município ainda estar pendente com a prestação de contas dos repasses realizados.
“Quero dizer à comunidade escolar de Ipanguaçu que o Governo do Estado não está devendo a nenhuma prefeitura”, reiterou. Insistiu que o imbróglio pode ter ocorrido pelo atraso no envio, pela pasta municipal, da prestação de contas dos valores percebidos. “O que está acontecendo é a falta de prestação de contas da prefeitura (…) porque se eles não prestarem conta do que foi pago, não será repassado os valores”, sentenciou.
A diretora reconheceu que o episódio prejudicou o alunado da rede pública. Ela esteve sábado passado, dia 14, pessoalmente em Ipanguaçu para tratar da questão. Por conta da estagnação dos veículos escolares, diversos estudantes deixaram de participar das avaliações da Olimpíada de Matemática. Ela disse que tinha tratado pessoalmente com a secretária municipal de Educação, Jeane Dantas, sobre a participação dos estudantes em tal competição escolar.
Prejuízo: “Não sei o que aconteceu que ela [a secretária] esqueceu, não sei o que foi que houve, mas infelizmente não mandaram os transportes para que os alunos participassem da Olimpíada de Matemática”, relatou Livanete Barreto. A diretora da 11ª Dired estima que, por conta do impasse, mais de 70 estudantes inscritos foram privados de realizar a prova da referida Olimpíada de Matemática.
Fonte: O Mossoroense