Retrô: Conceição e os 400 anos de Natal

25 de dezembro de 1599. A cidade de Natal era fundada. De lá pra cá, claro, muita coisa mudou! Tornamo-nos Nova Amsterdã, durante a dominação holandesa; Voltamos a ser Natal; a cidade, que quando começou a ser habitada mal se estendia até o bairro das Quintas, cresceu imensamente. É uma média metrópole e ainda apresenta diversos e graves problemas sociais.

25 de dezembro de 1999. Na ocasião, a cidade completava 400 anos desde sua fundação. Até mesmo por parte da necessidade, a cidade viu grandes obras serem feitas. Wilma de Faria, prefeita a época, transformou a cidade. As obras de infraestrutura foram, sem dúvidas, a de maior contribuição em sanar problemas futuros de trânsito e transporte que são prevalecentes hoje, mais de 10 anos depois. Certamente nossa situação muito mais complexa caso não tivessem sido construídos o Viaduto de Ponta Negra e Viaduto do 4º centenário na zona sul de Natal. Posteriormente, o Complexo Viário da Zona Norte que corrobora para que a situação complexa do trânsito não seja ainda pior.

Também é válido considerar o corredor de transportes da Av. Bernardo Vieira, reestruturação do bairro da Ribeira e Av. Itapetinga. Obras realizadas recentemente, na gestão do então prefeito Carlos Eduardo – mas que como todo o ideal das obras de mobilidade, teve seu real início em 1999, na comemoração dos 400 anos da cidade.

Atribuições políticas a parte, o transporte também ganhou características da festa de 400 anos de Natal. O sistema ‘Ligeirinho’ foi lançado pelas empresas de ônibus para concorrer com o transporte opcional. O serviço era feito exclusivamente com micro-ônibus e tinha algumas regras: apenas transportava pessoas sentadas e só recebia Vale-Transporte ou tarifa inteira. A empresa Guanabara foi a primeira a operar o serviço, com dois veículos – um na linha 70 (Parque dos Coqueiros/Petrópolis) e outro na linha 77 (Parque dos Coqueiros/Mirassol). Os ônibus da Guanabara apenas traziam a logomarca da empresa junto a logo do serviço, caracterizado por um coelho.

A empresa Nossa Senhora da Conceição foi a segunda empresa a aderir ao ‘Ligeirinho’. O primeiro modelo comprado foi o mesmo que a Guanabara optou: Senior GV, com chassi Volkswagen 8-120 OD e seguia as mesmas regras do serviço especial. A diferença foi pela logomarca do ‘Ligeirinho’, que foi substituída pelo layout do ‘Natal 400 anos’.


Outro modelo que a empresa comprou para operar o Ligeirinho foi o Micruss, da montadora Busscar. A opção pelo chassi continuou pelo VW 8-120 OD.


O serviço Ligeirinho foi encerrado ao longo dos anos 2000. As empresas permaneceram com os micro-ônibus, remanejando-os para os serviços normais. Os da Conceição continuaram com as pinturas especiais até suas aposentadorias, aproximadamente em 2005.

Por Thiago Martins

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