Garagem.com: Mesmo com a faca na mão, Micarla não soube comer o queijo

Ainda dentro do tema política, trago algumas questões obvias para o natalense – e devido à rejeitada fama, também os brasileiros, até gente de todo o mundo. O desastre político que é a atual prefeita Micarla de Souza (PV). Que Micarla é um desastre, isso todo mundo sabe, como já disse. Mas a questão é mais complexa. A prefeita teve a real oportunidade de modificar, melhorar, dignificar o transporte da capital em sua gestão. Nada de bom fez. Fato: Todos os investimentos partiram dos empresários – com a renovação da frota e implantação da Integração Temporal. No quesito políticas públicas para o transporte, é bem possível dizer que regredimos durante os últimos quatro anos.

Entre as propostas de campanha da atual prefeita, quatro anos atrás, estava a realização da primeira licitação de transporte em Natal. Tornou-se mais que isso: é algo propagado ainda hoje. O estudo da cidade – visando demonstrar a estrutura atual de Natal e necessidade de deslocamento dos usuários de ônibus – foi necessário para a elaboração do edital que até foi feito, de fato, porém ‘travou’ na Câmara Municipal e não se vê qualquer mínimo empenho da prefeita ou sua equipe – até mesmo na imprensa – para que a situação se agilize, o edital siga seu rumo e a licitação seja realizada, favorecendo a todos: melhorando a vida de quem utiliza transporte público e possibilite melhores condições de fiscalização e operação por parte do órgão gestor e empresas, respectivamente.

Holofotes apagados para a licitação, acendem-se as luzes para a degradada situação da cidade – que também aflige setores que vão além das empresas de ônibus, especificamente. Os buracos nas vias de Natal são algo fora do comum. Qualquer um que se locomova por qualquer meio de transporte em Natal nota a situação – para os proprietários dos veículos, seja de qualquer tipo, nota-se também o aumento com gastos em manutenção – suspensão e pneus furados principalmente. Ainda mais especificamente, os empresários também alegam amargarem prejuízos pelo não aumento da tarifa ou desonerações nos impostos. Já o usuário, apesar de permanecer com o mesmo valor de tarifa, viu sua parada ser retirada – enfrentando sol e chuva para esperar o ônibus. Já quem optou pela compra de um carro, se viu preso a eternos engarrafamentos – em lugares e horários inadmissíveis para àqueles focos de trânsito; resultado principalmente da atual falta de ação, não só de planejamento.

Micarla, assim como todos os outros, tiveram grandes oportunidades. Ela até foi mais além pela própria propagação da licitação e obras de mobilidade urbana – também não realizadas. O tempo em que chegamos, que exige políticas públicas complexas, era mais que uma oportunidade para a prefeita, era necessidade de todos que vivem na cidade por ela gerida. Micarla, mesmo com a faca na mão, não soube comer o queijo. Os outros, antes dela mesmo, sem essa faca e queijo, fizeram algo!

Aluga-se

A Guanabara centralizou toda sua administração e operação na garagem da zona norte de Natal, próximo ao Conjunto Parque dos Coqueiros – e também de cidades vizinhas, onde a empresa opera, como São Gonçalo do Amarante, Extremoz e Ceará-Mirim. A ideia da centralização veio com a Empresa Metropolitana, que comprou parte de suas ações no final do ano passado. Até então, parte da administração da empresa – incluindo o setor de Recursos Humanos – e o estacionamento e higienização dos ônibus da Oceano Viagens era feita na garagem da Cidade da Esperança, localizada na Av. Cap. Mor Gouveia. O prédio, agora, está para alugar. Vizinho a ele, fica localizada a garagem da empresa Cidade do Natal.

Uns com tanto, outros com tão pouco

Enquanto Natal caminha rapidamente para a extinção da função de cobrador, em Pernambuco as empresas estão contratando interessados para tal função. O anúncio de interesse em contratar cobradores é de uma conhecida – assim podendo dizer – dos próprios natalenses: a Itamaracá Transportes, acionista de duas empresas potiguares. Cada um no seu quadrado, não é mesmo?!

Thiago Martins
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