A atualização de hoje desta coluna, parte de um comentário produzido pelo amigo Romney A. Weasley – especialista em ônibus na qual já é um conhecido desta coluna, visto que eu já o entrevistei para uma atualização, quando abordei o sistema da cidade de Joinville – SC. Romney publicou o seguinte comentário no perfil de uma grande empresa que opera na região sul do Brasil, quando a mesma, também em seu perfil, publicou as fotos de seus novos veículos ‘Euro V – a nova tendência tecnológica do Brasil’ para os usuários conectados a rede. Vamos ao comentário:
Eles têm suspensão pneumática, com regulagem de nível, altura controlada
eletronicamente e sistema de rebaixamento lateral (para
embarque/desembarque)? Têm motor traseiro, câmbio automático ou, ao
menos, manual acionado por cabos? Piso baixo nas duas primeiras portas,
freio a disco com ABS e ASR (Controle de Tração) e computador de bordo
eles têm também? E o ar condicionado? Tudo o que listei são tendências
tecnológicas. Euro 5 é obrigação (algo totalmente alheio a vontade da
empresa. Sem contar que já é uma tecnologia velha). É um sistema
“moderno” utilizado por força da legislação ambiental em um veículo de
concepção antiquada e produzido apenas para países de terceiro mundo.
Admiro a empresa pela modo que trata seus veículos e passageiros, mas as
renovações de frotas de vocês, assim como qualquer empresa brasileira,
dificilmente agregam qualidade ao serviço. São apenas “renovações
mecânicas”, que visam reduzir os gastos com manutenção. Dificilmente é
algo além. Os veículos da foto são os mais básicos oferecidos no Brasil.
Não tem nada que outra empresa não tenha que adquirir, de forma
obrigatória, se comprar um ônibus novo! Ao menos vocês são sensatos em
não seguirem o exemplo das empresas joinvilenses, dizendo que carros
idênticos ao da foto possuem “tecnologia dentro dos conceitos
europeus”…
eletronicamente e sistema de rebaixamento lateral (para
embarque/desembarque)? Têm motor traseiro, câmbio automático ou, ao
menos, manual acionado por cabos? Piso baixo nas duas primeiras portas,
freio a disco com ABS e ASR (Controle de Tração) e computador de bordo
eles têm também? E o ar condicionado? Tudo o que listei são tendências
tecnológicas. Euro 5 é obrigação (algo totalmente alheio a vontade da
empresa. Sem contar que já é uma tecnologia velha). É um sistema
“moderno” utilizado por força da legislação ambiental em um veículo de
concepção antiquada e produzido apenas para países de terceiro mundo.
Admiro a empresa pela modo que trata seus veículos e passageiros, mas as
renovações de frotas de vocês, assim como qualquer empresa brasileira,
dificilmente agregam qualidade ao serviço. São apenas “renovações
mecânicas”, que visam reduzir os gastos com manutenção. Dificilmente é
algo além. Os veículos da foto são os mais básicos oferecidos no Brasil.
Não tem nada que outra empresa não tenha que adquirir, de forma
obrigatória, se comprar um ônibus novo! Ao menos vocês são sensatos em
não seguirem o exemplo das empresas joinvilenses, dizendo que carros
idênticos ao da foto possuem “tecnologia dentro dos conceitos
europeus”…
Romney Alves Weasley
Não há maior verdade ou reflexão que possamos fazer em relação à norma EURO V que as palavras de Romney. O Brasil, como em muitas (muitas!) coisas atrasados, têm suas falhas também até na legislação que rege o transporte de passageiros – quanto mais na sua parte operacional. Sinceramente, acho que as tendências tecnológicas listadas por Romney são difíceis até de sonhar pela imensa maioria das empresas de ônibus brasileiras. Somos muito menores que isso; grandes investimentos e renovações continuarão a ser ônibus articulados – resultado da histórica falta de investimento no transporte público.
E em Natal, independente do que seja o Euro V – tendência tecnológica, obrigação, tecnologia velha – a nova norma, definitivamente, não vinga. As empresas urbanas, maiores investidoras, compraram o quanto puderam dos veículos antes do EURO V vigorar. E hoje, por mais que as situações das empresas estejam difíceis, o equilíbrio econômico-financeiro não esteja favorável, é importante lembrarmos que todas estão prestes a uma licitação, e sendo essa super tendência tecnológica que é o Euro V, tê-lo em sua frota seria algo que, certamente, resultaria em pontos extras na prova.
Mas daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Assim, os parabéns às únicas empresas do sistema de transporte do Rio Grande do Norte que já trouxeram o obrigado Euro V – Campos, Alves e Cabral – empresas do sistema metropolitano e rodoviário – historicamente, muito mais corroído que o do Natal, e que, notoriamente, fazem das tripas coração, investindo em suas frotas. Se tratando de reflexões, nos cabe mais uma: quanto esperaremos ainda mais para vermos o Euro V em nossa frota municipal? Ainda mais se considerarmos que os grupos proprietários de empresas aqui em Natal, já o investem nos ‘estados-sedes’ – Paraíba e Pernambuco, notadamente.
Pelo andar da carruagem – seja em qual Euro for – ainda mais com a Copa se aproximando, o Euro V é mesmo só para inglês ver. Ou melhor, para europeu ver!
A festa é sua, meu irmão!
Em época de festa na cidade, certamente, muitos ônibus com turistas aparecem. Mas olhem o que apareceu – e de uma empresa local – e foi flagrado pelo amigo João Maria Gomes, colaborador deste portal:
Trata-se de um Marcopolo Paradiso GV adaptado, com a parte super aberta. Um literal ônibus de turismo. Este ganhou a propaganda até de uma famosa marca de cachaça.
Fala-se, há muito, em um projeto desse para os ônibus urbanos de Natal. Cidades como Salvador, Curitiba e Rio de Janeiro já o tem. Vamos ver se sai do papel por aqui. Até lá, andar em uma ‘beldade’ dessas por aqui, deve ser para poucos!
Eu já sabia (2)
Eu também já sabia – e fico muito feliz com a mudança – que esse ideal de numeração pernambucano não iria dar certo em Natal. Já comentei em diversas atualizações desta coluna, o quanto desorganizado nosso sistema demonstrava estar, também por conta das numerações. Como já disse, fico feliz que a SEMOB tenha intervido e o código das empresas voltou a prevalecer nos ônibus urbanos de Natal. Não adianta querermos forçar a implantação do sistema pernambucano em Natal. Com calma, chegaremos lá!