Não há muitos relatos sobre seu período de existência, tampouco as linhas que ela operou. Mas, se sabe que as linhas que ligavam Natal às cidades de Currais Novos e Caicó, nas décadas de 1960 e 1970, já foram operadas por ela.
Uma das linhas dela talvez seja a mais marcante. No resgate, feito por Fernando Caldas e postado no fotoblog “Classical Buses”, mostra um veículo da Caio, pertencente à empresa, fazendo o itinerário Natal/Crato (CE), hoje operada pela Gontijo.
História: De acordo com relatos existentes em blogs, sites e páginas de redes sociais, a Princesa do Seridó fazia parte do grupo empresarial que controlava, dentre outras, a Viação Andorinha – que fazia linhas intermunicipais no sertão da Paraíba. Com uma frota de seis veículos, era referência no transporte de passageiros na época, pela qualidade nos serviços prestados.
Há duas versões para seu surgimento. A primeira dá conta de que a fundação da empresa teria sido feita pelo caicoense Manoel de Neném. Já a segunda dá conta de que um dos proprietários da Andorinha, José Rodrigues, teria sido o fundador da empresa.
Porém, o seu final é unânime: No início da década de 1980, após uma grave crise financeira, a Princesa do Seridó teve parte das linhas vendidas para a Jardinense e outras, além da sua estrutura em Caicó e Currais Novos, para a Gontijo (que opera a Natal/Crato, linha que consta no resgate fotográfico) no ano de 1983. Comenta-se que a Jardinense teria tido prioridade para a compra total da empresa, mas o negócio não vingou.
Acidente: Porém, a empresa se tornaria conhecida por um fato trágico. No ano de 1974, na cidade de Currais Novos, um dos ônibus da empresa foi responsável pela maior tragédia já registrada na cidade até hoje.
Comemorava-se o dia de Nossa Senhora de Fátima, com uma grande procissão no bairro Paizinho. Na noite do dia 15 de maio daquele ano, um dos veículos da empresa perdeu o controle e acabou atropelando cerca de 100 pessoas naquela procissão. 24 morreram e cerca de 60 ficaram feridas.
Após esse acidente, o então governador Cortez Pereira solicitou a construção de um grande hospital na cidade – que existe até hoje –, já que a estrutura antiga, na época, não suportou a grande demanda de feridos, além de o transporte para a capital ser precário naquele período.
Foto: Fernando Caldas (Classical Buses)
Pesquisa: Classical Buses, Ônibus Brasil, Diário de Natal, Ônibus Paraibanos e Blog do Eliel Bezerra
Por Andreivny Ferreira
essa versão, é CORRETA para o surgimento. … a fundação da empresa [foi] pelo caicoense Manoel de Neném (nome da Rodoviária Local); e ele depois a vendeu – versão que ouvi de neta, do Sr. Manoel – no que, o adquirente é possível, os proprietários da então Andorinha, com sede em Cajazeiras – essa, ela NÃO precisou o adquirente. E, quem conhece o Crato, à época da Princesa do Seridó, Lembra que tinha pequena garagem – uma murada onde estacionavam o ônibus – bem como, a venda dos bilhetes de passagens, e o embarque dos passageiros, era realizada na rua Monsenhor Esmeraldo, na agencia da Real Caririense, no centro da cidade do Crato.