O diretor institucional do Sitrans, Anchieta Bernardino, declarou nesta quarta-feira (16) em entrevista à imprensa que as empresas que integram o sistema de ônibus urbano de Campina Grande estão à beira da falência, recorrendo, inclusive, a empréstimos bancários para honrar compromissos com trabalhadores, como aconteceu no mês de dezembro para pagar a folha e o 13º salário.
O dirigente destacou que, para sair da crise e garantir o equilíbrio econômico do sistema, as empresas operadoras do transporte coletivo da cidade necessitam recuperar o valor da tarifa e o número de passageiros de 10 anos atrás, “quando se transportava cerca de 5 milhões de passageiros, contra os 2,3 milhões atuais”, sublinhou Anchieta Bernardino.
O diretor institucional denunciou ainda que a proliferação do transporte clandestino vem contribuindo para a falência do sistema. De acordo com Anchieta Bernardino, hoje já são cerca de 600 carros particulares transportando passageiros de forma ilegal, contra 300 no início de 2012. E em 2014, quantos serão? Indaga o representante do Sitrans.
Paralelo a estes problemas de defasagem tarifária, redução significativa no número de passageiros embarcados e a concorrência predatória do transporte clandestino, de acordo com o diretor do Sitrans, as empresas ainda convivem os constantes aumentos dos insumos que mantém os ônibus nas ruas, como peças, pneus e óleo diesel, alem do reajuste salarial de 10% concedido no mês de julho, além do incentivo por produtividade – 2%, seguro de vida, e ticket alimentação.
Anchieta Bernardino declarou que, “mais do que equilibrar as finanças das empresas operadoras do sistema, nosso objetivo é oferecer o melhor serviço de transporte coletivo urbano de passageiros a todos os campinenses”.
Fonte: IParaíba