Garagem.com: 50 tons de amarelo

O romance estrangeiro ’50 tons de cinza’, lançado em 2011, tornou-se recorde de vendas e uma febre, principalmente, entre muitos adolescentes. Mas diferente do bestseller da autora inglesa Erika James – que, como já dito, aborda um romance; talvez tendo este título como algo meramente figurativo – estamos vendo no setor de transportes do Rio Grande do Norte uma imensa adaptação das empresas de ônibus a cor amarela. Ainda não chegamos, de fato, aos 50 tons de amarelo, mas estamos caminhando para tal!
Historicamente, o amarelo foi discreto entre as empresas. O destaque na cor se dava apenas para Guanabara, Via Sul, Oceano, Cabral, Alves e Nordeste – dentre urbanas, metropolitanas e rodoviárias. Ainda assim, muitas outras se utilizavam da cor em uma espécie de complemento da pintura – era o caso da Conceição (com as fontes de nome e número nos ônibus), Riograndense (fazendo companhia ao marrom e vinho), Trampolim da Vitória (com sua logomarca após o nome), Empresa Barros (com o destaque do circulo entre os tons de azuis) e Jardinense (com o círculo entre o cacto que representa sua logomarca). Pois bem! Nos últimos anos muita coisa mudou. Primeiramente a Oceano resolveu sair desse grupo amarelado e migrou para o branco e azul, mas nem demorou muito! Com a venda de parte da empresa para a Metropolitana (de Recife), o amarelo voltou – em outra tonalidade e um contexto diferente do antigo, mas voltou! A pintura é a mesma da Guanabara – que, neste caso, tem agora duas tonalidades da cor amarela, e um contexto de pintura parecido com a original, antes de ter sido vendida.
Investimento maior tem sido feito pela Via Sul – que, semelhante à Guanabara, parece não temer o fato de num futuro próximo, pós-licitação, ter que implantar uma potencial pintura padronizada em seus veículos – e anda repintando seus veículos, dando total destaque ao amarelo na parte frontal dos ônibus. Outra que já tinha o amarelo em sua pintura e resolveu destacá-lo mais ainda foi a Cabral – desde 2011, os ônibus têm vindo com um amarelo em uma tonalidade mais forte e destaca-se em meio ao verde da pintura. Ainda nesse meio termo, Trampolim da Vitória, Barros e Conceição – todas pertencentes ao mesmo grupo empresarial, de Recife – ganharam novas logomarcas após suas compras. Mesmo assim, o amarelo foi mantido em todas elas. Já na Alves e na Riograndense, nada mudou! Quem anda mudando – e muito, já há algum tempo – é a Nordeste. A empresa já vinha mantendo duas pinturas – em contextos distintos e tonalidades diferentes do amarelo. Agora, nos veículos seminovos que a empresa acaba de incorporar a frota, ela chega com outra nova pintura – apesar de que, segundo boatos, é uma pintura temporária, pois uma nova logomarca está sendo preparada para os veículos. Façam suas apostas para a cor de destaque dessa nova pintura!
E já que citei o termo novo, não posso deixar de citar as novidades. Novidades que surgiram nos últimos anos. Primeiramente, uma empresa que resolveu aderir integralmente ao amarelo: a Jardinense. Na realidade, a pintura foi invertida; o que antes era azul passou a ser amarelo e vice-versa. Se a intenção da Jardinense era melhorar sua imagem com a implantação da nova pintura, deu certo! Comenta-se ainda que a Jardinense resolveu trocar de pintura por que o azul ‘não estava dando sorte’. Então, fé no amarelo! Por fim, houve também a criação de uma nova empresa de ônibus – Parnamirim Field, surgida após uma quebra acionária da Trampolim da Vitória. A pintura é bastante simples, mas o destaque da cor é, justamente, o amarelo! E a Field, por sua vez, mantém parceria com a Cidade das Dunas. A Dunas não tem amarelo em sua cor, o destaque entre o verde é a cor laranja – um tom mais forte do amarelo. Talvez por isso tenha a pintura de ônibus mais bonita de todo o estado! Que me perdoem os times dos amarelos!
Thiago Martins

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