Pesquisa revela que brasileiro não quer carro, quer se deslocar com conforto pela cidade

Todo brasileiro adora carro. Isso é verdade, mas o que o brasileiro precisa mesmo é se locomover com rapidez, segurança e conforto. E a necessidade pela mobilidade urbana é cada vez maior em diversos locais do País. Foi o que revelou a Pesquisa “Rumo à Sociedade do Bem-Estar”, do Instituto Akatu, uma Organização Não Governamental para o consumo consciente por um futuro sustentável.
A pesquisa ouviu 800 pessoas em diversas cidades em todo o País, sendo 16% da classe D e 50% da classe C. O que mais as pessoas querem é saúde: 66% dos entrevistados. Em seguida, as pessoas querem bom convívio social: 60% das respostas.
O que mais chamou a atenção foi o desejo da população em relação à mobilidade. O carro parece não ser mais o sonho de consumo do brasileiro e sim de deslocar pelas cidades. Com notas variando de 0 a 10, o desejo de ter um carro próprio recebeu nota 5. Já o desejo de se deslocar pela cidade de maneira rápida e confortável, recebeu nota 8 em 10.
Para o diretor-presidente do Instituto Akatu, isso mostra que a população quer transporte coletivo de qualidade. E isso só vai ser possível quando o ônibus, trens e metrô forem priorizados. “O resultado da pesquisa é uma prova do equívoco que são as políticas públicas que priorizam os carros. As pessoas podem ter carro, mas antes de serem proprietárias de automóveis, elas querem eficiência no transporte” – disse Hélio Mattar ao jornalista Milton Jung, no Jornal da CBN.
Os corredores de ônibus são considerados eficientes e com custos e implementação acessíveis para qualquer cidade que queira atender os anseios da população e oferecer mobilidade urbana com rapidez e qualidade. Se bem planejados e realmente se receberem um espaço ideal, os corredores de ônibus podem fazer com que o transporte coletivo aumente a velocidade e o padrão de veículos seja melhor, o que atrai quem usa somente carro para se deslocar de maneira sustentável e inteligente.
Alguns corredores podem receber ônibus biarticulados que conseguem transportar a mesma quantidade de passageiros que três ônibus convencionais ou que 135 carros atenderiam. Mesmo os ônibus convencionais já trazem benefícios ambientais e de mobilidade, ao poderem substituir entre 40 e 50 carros.
Hélio Mattar acredita que o modelo ideal para cidades como São Paulo é a complementação entre ônibus em bairros, em corredores e linhas de metrô de grande porte.

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