E mais uma vez começa a discussão acerca do aumento da tarifa de ônibus em Natal, que sempre afeta a Região Metropolitana, diga-se de passagem. Fala-se num possível aumento de R$ 0,40 na tarifa inteira, tendo em vista que a atual tarifa foi aplicada há 27 meses.
O caso é que as empresas precisam muito que a tarifa suba de preço, pois ao longo dos últimos meses o custo para a manutenção da frota, incluindo, claro, o diesel, aumentou consideravelmente. Mas, se por um lado as empresas querem e precisam desse aumento, a população já está mal humorada com a ideia.
Acredito que a principal questão seja: vamos viver um novo conflito entre população (leia-se estudantes, em sua maciça maioria) e empresas de ônibus? Pelo andar da carruagem, sim! O natalense está intolerante com as empresas – por vários motivos; alguns nem sempre culpa delas, afinal o “poder” está com a Prefeitura do Natal. Nesse contexto qualquer aumento na passagem seria perigoso.
Para que não vivamos a situação enfrentada em 2012, na tentativa da implementar da tarifa de R$ 2,40, é preciso agir de forma diferente. As empresas de ônibus podem pleitear a redução dos tributos pagos ao Governo, enquanto que o poder público pode exigir a melhoria nos serviços em contrapartida. É a melhor solução que vejo para evitar possíveis conflitos.
Caso a suposta negociação acima falhe, a população poderia dar um voto de confiança as empresas. “Permite-se” o aumento desde que o serviço melhore, com ônibus mais confortáveis e em maior quantidade. Acho, sim, complicado a tarifa permanecer congelada, pois pode ficar até inviável manter uma empresa de ônibus operando em Natal.
Por mais que hajam esperança de que alguma das hipóteses acima torne-se realidade, não vejo muita disposição em chegar a um bom acordo em nenhum dos lados. Cada um quer ganhar em cima do prejuízo do outro. Mas vamos ver o que acontecerá nos próximos dias. Torçamos pelo melhor de Natal!
Rossano Varela – interino