Uma gestão que esteja atenta ao investimento em transportes públicos como solução dos problemas de mobilidade de Natal. Esta é a saída apontada pelo arquiteto carioca Luiz Eduardo Índio da Costa, uma das grandes autoridades em urbanismo do país para um dos maiores problemas enfrentado pela capital potiguar em seu paulatino crescimento. Ele esteve na capital potiguar para participar do II Fórum de Arquitetura, que foi realizado num hotel da Via Costeira, evento direcionado a estudantes e profissionais da área.
Com mais de 50 anos de atuação profissional, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o arquiteto contabiliza inúmeros prêmios na área, além de variados projetos na área como o Rio Cidade Leblon e Escola Sesc. Atualmente se dedica à revitalização da Marina da Glória (RJ).
“Uma grande cidade tem seus limites de capacidade e não se pode ficar apenas pensando em automóveis. É preciso gerenciar os gabaritos, onde existem maiores adensamento de tráfego e politicas de alternativa para o transporte de massa”.
Índio da Costa confessa ser essa sua primeira viagem a Natal e se diz sem condições de fazer um diagnóstico mais amplo sobre o desenvolvimento urbanístico da capital potiguar. Mas em rápida observação considerou a cidade bastante espalhada. “Isso cria grandes deslocamentos pra a população e encarece os projetos de infraestrutura.
“Observei também que o centro da cidade aqui é muito abandonado, pois não há politicas de aproximação da população, ou seja trazer as pessoas para morarem mais próximas da área central. Inexiste também projetos para dificultar o estacionamento de automóveis nessa área, que é uma tendência cada vez maior nas grandes capitais”.
Mesmo na condição de visitante de ”primeira viagem”, Costa assinala situações que poucos natalenses conseguiram enxergar até agora: “ A construção desse Teatro Riachuelo está fazendo que Teatro Alberto Maranhão fique cada vez mais abandonado como equipamento público. Isso porque falta planejamento dos gestores.
Ele acrescenta que o grande papel dos administradores é tornar a cidade cada vez mais humana. “Hoje temos uma globalização e comunicação que servem para afastar-nos do convívio pessoal. Os investimentos em urbanismo devem servir para aglutinar as pessoas”.
Fonte: Portal No Ar