O sistema de transporte coletivo é constantemente tema de reclamação por parte dos usuários. Um recente episódio com a linha Leste-Oeste causou indignação na agente de saúde Zeneide Silva. Ela chegou a parada de ônibus no conjunto Abolição I por volta das 7h e esperava a linha Leste-Oeste que passa em torno das 7h30. Às 8h23, quando o ônibus ainda não tinha passado, os usuários resolveram fazer uma reclamação à empresa.
“Ligamos para a Sideral e logo após, às 8h25, o ônibus passou pela parada. No entanto, ele parou e imediatamente foi embora antes mesmo de alguém pegar a condução. Ficou todo mundo revoltado com a situação. O ônibus demora uma hora para aparecer e quando passa não pega ninguém. Ligamos novamente para a empresa e eles disseram que iriam acionar um fiscal. No entanto, não podíamos mais esperar”, explica.
Ainda segundo a agente de saúde, muitas pessoas preferiram pegar um táxi para seguir ao local de trabalho. “Isso fez quem tinha dinheiro, mas quem tinha somente o cartão teve que ficar esperando o próximo ônibus. É uma falta de respeito com o usuário que depende do coletivo para se locomover. Todo mundo chegou atrasado ao local de trabalho por causa da precariedade do transporte coletivo. É um verdadeiro absurdo”, ressalta Zeneide Silva.
O secretário municipal do Desenvolvimento Urbano, Alexandre Lopes, afirma que o usuário deve reclamar junto à Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM). “Estamos tentando resolver os problemas do sistema de transporte coletivo e precisamos contar com a colaboração do usuário. Quem passar por uma situação semelhante, seja por atraso ou até mesmo mudança de itinerário, pode fazer uma denúncia através do telefone: 3315-5008”, esclarece.
Segundo Alexandre Lopes, quando a prefeitura recebe uma reclamação, a empresa é notificada para resolver o problema. “Estamos agora com quatro fiscais em diferentes locais da cidade justamente para receber denúncias como essas. As notificações estão sendo feitas e, caso a empresa não tome uma providência, ela pode ser retirada da linha. Estamos tentando criar esse hábito de fiscalização para o cumprimento dos horários e rotas, além de outras questões”, afirma.
A equipe de reportagem do jornal O Mossoroense entrou em contato com a empresa Sideral, mas o responsável não estava na operadora.
Fonte: O Mossoroense