Motoristas e cobradores de ônibus, junto com a Força Sindical, paralisaram avenidas e fecharam terminais de ônibus em pelo menos sete capitais na manhã desta sexta-feira. Moradores de Porto Alegre, Salvador, Palmas, Fortaleza, Belo Horizonte, São Luís e Vitória enfrentaram problemas com o trânsito e transporte público.
Os atos das centrais sindicais reivindicam do governo o cumprimento da pauta trabalhista, que tem itens como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho semanal para 40 horas e contra o PL 4330, que amplia a terceirização. Trabalhadores ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Conlutas, CTB, Nova Central e CGTB estão entre os que confirmaram participação nas mobilizações desta sexta-feira.
Em Fortaleza, os sete terminais de ônibus foram fechados. Segundo a Empresa de Transporte Urbano da cidade (Etufor), mais de 1 milhão de pessoas utilizam os terminais diariamente. Em seis deles, a empresa conseguiu instalar ônibus de emergência para ajudar a circulação dos passageiros. No terminal de Siqueira (único que não recebeu veículos auxiliares), manifestantes depredaram carros e a empresa solicitou ajuda policial.
Em Salvador, os protestos bloquearam o acesso aos terminais rodoviários às 5h desta manhã. Segundo a prefeitura da cidade, a circulação de ônibus foi normalizada às 8h20.
Já em São Luís, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (Sttrema) frisou que todos os motoristas e cobradores cruzaram os braços, das 7h às 15h, paralisando 100% da frota de ônibus que atende a Região Metropolitana de São Luís. Além das reivindicações nacionais, na capital maranhense os rodoviários também reivindicam mais segurança para trabalharem. Segundo o presidente do sindicato, Dorival Silva, tanto trabalhadores quanto usuários estão, diariamente, expostos à ação de assaltantes. “Nós não estamos mais aguentando tanta violência. Só no mês de agosto foram registrados mais de 60 assaltos a ônibus em São Luís”, disse.
Com informações: Revista Veja e O Estado do Maranhão