A Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor) emitiu nota cobrando mais fiscalização ao transporte clandestino após o acidente que matou nove pessoas nesta segunda-feira (21) em Ceará-Mirim, na Grande Natal. Um Kadett vermelho envolvido na colisão funcionava como lotação e levava as nove vítimas mortas na colisão com uma Hilux preta na BR-406.
Para o presidente da Fetronor, Eudo Laranjeiras, o acidente foi uma tragédia anunciada devido à falta de fiscalização ao transporte clandestino no Rio Grande do Norte. “Quem assume a responsabilidade agora? Tem muita gente que tem culpa nessa tragédia. Essa falta de fiscalização vem acontecendo há vários governos e ninguém toma uma atitude, mesmo em uma rodovia federal”, critica o presidente da federação.
Dentro do Kadett vermelho, o motorista e mais dois passageiros adultos estavam nos bancos da frente. No banco de trás tentavam se acomodar três adultos, uma adolescente grávida e mais duas crianças. De acordo com Laranjeiras, nas cidades do interior e da Grande Natal, como Ceará-mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, é comum a existência de veículos realizando transporte clandestino de passageiros.
“Esperamos que depois desse acidente, em que nove pessoas viajavam sem as mínimas condições de conforto e segurança, medidas sejam tomadas pelos órgãos competentes. O DER (Departamento Estadual de Estradas e Rodagens) obriga empresários legalizados a manterem apólices de seguro contra acidentes, mas não cobra o mesmo dos clandestinos”, reforça.
Fonte e foto: G1 RN