Pois bem, quando as empresas de ônibus daqui foram vendidas, fiquei triste. E então, a “incomparável” Transportes Guanabara foi vendida para uma empresa chamada Metropolitana. O nome é bonito, e inspira confiança. Por um momento eu acreditei que as coisas fossem melhorar. E até melhoraram: muitos ônibus com até quinze anos de uso foram aposentados.
Com um olhar técnico, houve evolução. A idade média da frota diminuiu muito. Mas se olharmos com olhares práticos, veremos que as coisas não melhoraram. A começar pelo estado de conservação que alguns ônibus chegaram. Ora, os “novos” ônibus que vieram para cá são os velhos de Pernambuco. Depois de terem rodado muito, muito mesmo.
Um fator que preocupa é a questão do retorno financeiro que as “matrizes” esperam de suas novas “filiais”. É certo que é possível lucrar em Natal, mas não tanto quanto em outras cidades. Então, se as matrizes não obtiverem o retorno esperado – e creio que não estão tendo mesmo – o que pode acontecer é o desestímulo ao investimento.
Enfim, enquanto os comandantes não decidem trazer ônibus além dos usados e básico (“basicões”) 0km, empresas potiguares como a Cidade do Natal e Via Sul seguem sobrevivendo. E aí eu chamo atenção para a primeira, que vem mostrando como é que se faz transporte de passageiros de qualidade. Tenho muito orgulho dela. Espero que a utópica licitação ponha ordem na casa, e que bons ônibus nos apareçam.