Trabalhando há oito meses no volante de um ônibus, Josileide de Lima já foi assaltada duas ve-zes neste período. Na segunda-feira passada, ela voltou a vivenciar o drama da violência pela última vez. “Fiquei a noite sem dormir”, disse. Contou que trabalhava pela manhã, quando na avenida 11, próximo à avenida Bernardo Vieira, um jovem subiu logo após os passageiros e anunciou o assalto.
De acordo com a motorista, o delinquente que parecia uma criança portava um facão. “Eu poderia ter reagido, mas a gente fica com medo pelas outras pessoas dentro do veículo”, completou. Na sua opinião, falta mais estratégia da polícia no combate a este tipo de crime. “Ali onde ele entrou é o ponto dele, ele sempre fica ali, falta a polícia chegar lá e fazer a prisão”, denunciou.
Lima diz que, apesar das blitzes, no cotidiano dos motoristas nada mudou, pois a sensação de insegurança permanece durante o trabalho e nas conversas com os colegas. “Todo mundo diz que mudou 40%, 30%, mas para a gente não mudou nada” finalizou.
Fonte: Novo Jornal