Faltando menos de 100 dias para o primeiro jogo da Copa do Mundo em Natal – o confronto entre México e Camarões, marcado para 13 de junho – as obras de mobilidade urbana realizadas pela Prefeitura em estágio mais avançado estão com 53% dos serviços executados. Das 17 construções planejadas para melhor receber o fluxo de turistas previsto para o evento, incluindo as de responsabilidade dos governos estadual e federal, apenas o Estádio Arena das Dunas e o Centro de Monitoramento de Segurança do Estado estão em funcionamento.
A promessa é de que até maio 90% das obras de mobilidade urbana realizadas pela Prefeitura de Natal sejam concluídas, totalizando um investimento de R$ 222 milhões. O Aeroporto Internacional Aluízio Alves e o Terminal de Passageiros do Porto de Natal devem entrar em operação já no próximo mês, recebendo investimento de R$ 864 milhões de recursos federais.
As obras de mobilidade urbana foram postuladas ainda em 2009, com a confirmação de que Natal seria uma das 12 cidades-sedes para a Copa do Mundo. A licitação dos primeiros lotes ocorreu em outubro de 2010, mas as obras só foram iniciadas três anos depois. A região no entorno do Estádio Arena das Dunas, no bairro de Lagoa Nova, virou um imenso canteiro de obras. As intervenções são fontes diárias de congestionamento e transtornos para o trânsito, com a construção de dois viadutos, seis túneis e duas passarelas.
A Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semopi) prevê para hoje o início da primeira etapa do viaduto “estaiado” da Avenida Prudente de Morais, com 590 metros de extensão, e que deve custar R$ 75 milhões. “Será a principal obra do complexo viário. Os serviços estão dentro do prazo previsto”, informa Tomaz Pereira, titular da Semopi.
Ele informa ainda que representantes do Ministério das Cidades fiscalizaram o canteiro de obras na semana passada. A intenção do órgão federal era verificar se a construção ficaria no prazo indicado pelo município, que está fixado na segunda quinzena de maio. “Todos os equipamentos estarão prontos para uso antes da Copa do Mundo. O que deve ficar para depois é a pintura e a limpeza de todo o complexo”, assegura.
O único senão fica por conta do primeiro lote mobilidade, a construção do binário das Avenidas Mor Gouveia e Jerônimo Câmara, que sofrerá atraso de 60 dias. Com isso, a entrega do equipamento deve ser realizada em julho. O motivo do atraso é outra obra relacionada à Copa do Mundo, a construção do túnel de drenagem do Estádio Arena das Dunas, serviço que prevê o transporte de águas pluviais para o Rio Potengi.
Quatro poços do serviço de construção do túnel de drenagem ficam na Avenida Jerônimo Câmara e apresentaram “fuga” de material ao atingir um lençol freático. As águas do aquífero fragilizaram as paredes do túnel e os serviços foram paralisados. “Poderia ocorrer um desabamento no local”, alerta. A solução encontrada pela Semopi foi perfurar uma bateria de pequenos poços e drenar a água para a lagoa de São Conrado, no bairro de Dix-Sept Rosado.
O secretário conta ainda que os serviços de construção do túnel de drenagem, que irão consumir R$ 188 milhões, devem ser entregues em maio. Atualmente, entre 350 e 400 operários trabalham no entorno nas obras de mobilidade e na drenagem, outros 600.
A obra de recuperação de 55 quilômetros de calçadas também apresenta atraso. A construção dos passeios públicos, contemplando ainda a instalação de 300 novos abrigos para usuários de transporte público, apresenta hoje apenas 40% de execução. Em maio, a previsão é que os trabalhos cheguem aos 80%. “Nosso objetivo é entregar a reforma dos trechos das proximidades da Arena das Dunas”, informa.
Outra intervenção de responsabilidade do município, a reurbanização da orla urbana, que compreende o trecho da Praia do Forte até Areia Preta, além da Praia de Ponta Negra, apresenta 50% de conclusão. Os serviços foram iniciados em 22 de outubro e a previsão é que sejam entregues em maio de 2014. O secretário Tomaz Pereira ressalta que a reurbanização possui três frentes de trabalho – Praia de Ponta Negra, Praia dos Artistas e Praia do Meio.
Fonte: Novo Jornal