Após ônibus incendiado, moradores do Vingt Rosado pedem segurança

Moradores do conjunto Vingt Rosado estão ainda mais temerosos com a violência depois que um ônibus foi assaltado e incendiado na manhã de ontem. A ação aconteceu na Rua José Pedro Fernandes, quando dois homens anunciaram o assalto, jogaram gasolina no veículo e atearam fogo em seguida. Os danos foram apenas materiais e nenhum passageiro ficou ferido.
A moradora Sueli Ferreira da Silva conta que esta é a primeira vez que vê incendiarem um ônibus, mas que os assaltos são constantes e que os moradores vivem assustados. “A situação aqui é péssima. Os assaltos acontecem praticamente todos os dias”, ressalta.
Segundo Sueli, no ano passado, os moradores fizeram um abaixo-assinado para a reabertura do posto de polícia do bairro, mas nada aconteceu e a situação continua a mesma.
Já a moradora Gracinha Veras diz que se sente ainda mais temerosa e teme que bandidos comecem a incendiar veículos dos moradores também. “Aqui sempre tem assalto, a gente não pode mais nem sentar na calçada que eles levam tudo. Mas isso só tinha visto na televisão. Fico toda me tremendo com medo dessas coisas”, diz.
O senhor José Dantas, 63, conta que também assiste na televisão sobre casos de ônibus incendiados por bandidos, mas que nunca tinha visto nada assim acontecer por perto. “Ainda bem que não fizeram nada com ninguém”, ressalta.
José também confirma que tem medo da ação dos bandidos, que são constantes, e que o fato de um veículo ter sido incendiado só aumenta o susto. “Parece que eles (bandidos) estão vindo com mais força depois que teve o abaixo-assinado para reabrir o posto”, diz.
O ônibus incendiado pertence a empresa Sideral. Segundo a moradora Sueli Ferreira, cerca de cinco ônibus fazem a linha no conjunto. Além da falta de segurança, moradores agora também contarão com menos veículos para o transporte de passageiros.
Enquanto a reportagem da Gazeta do Oeste conversava com os entrevistados, outros moradores ainda transtornados com a situação falavam sobre a insegurança no local. “É uma vergonha isso aqui”, diz um deles. “Agora a moda vai pegar em Mossoró”, grita outro.
No momento em que as chamas ainda eram controladas pelo Corpo de Bombeiros, que estava fazendo um rescaldo, o sargento F. Souza e a equipe aguardava a chegada dos funcionários da Cosern para desligar a rede local. Isso porque parte dos fios ficou comprometida porque derreteram com o calor das chamas e os bombeiros temiam um novo incêndio.

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