O presidente do Sitoparn, Pedro Neto, afirmou que a entidade vai responder à ação, mas não tem intenção de obedecer às determinações de não interdição de vias públicas. “Nós vamos responder ação, obedecer não, é um direito nosso protestar, porque o nosso movimento não é o único que fecha avenidas da cidade”, disse José Neto. “Quando os empresários manipulam e param os ônibus, ninguém diz nada, quando os policiais militares fecham, também não”, completou o permissionário.
Para o presidente do Sitoparn, os proprietários de alternativos encaram a decisão liminar como “mais um desafio”. “Se o Ministério Público e a Justiça querem fazer algo para que não haja trancamento de rua, que façam cumprir a lei [referindo-se ao decreto provisório que instituiu a unificação da bilhetagem eletrônica]”, disse ele.
O sindicalista afirmou que a lentidão sobre a aplicação da bilhetagem eletrônica única vem trazendo certo desgaste para todas as partes envolvidas. “Mais do que isso, tudo o que a gente avança para concretizar o que conquistou, o poder público vai criando barreiras, que é para dificultar essa situação”, afirmou Pedro Neto.
Por isso, o Sitoparn diz não acreditar mais nas ações do Poder Executivo. “O que a gente percebe, isso é muito claro, que não dá mais para confiar na palavra do prefeito de Natal, nem no que ele escreve no Diário Oficial”, reclamou. Ele também não diz temer a falta de apoio da população. José Pedro Neto disse que a manifestação da noite do dia 29 de abril, por exemplo, tinha cinco reivindicações e não foi um ato único ou exclusivo do Sintoparn, porque tinha outras instituições apoiando. “E não era nenhuma coisa absurda. Eram coisas para cumprir a lei e tudo o que beneficia a população”, disse.
Ela exemplifica a intenção dos empresários que reclamam aumento no valor da tarifa de ônibus, que hoje é de R$ 2,20 a passagem inteira. “A gente não é contra. Só queremos que o Seturn apresente as planilhas de custo”, adiantou o sindicalista, que enumera outras reivindicações como o fim da dupla função para motorista, que hoje atua como cobrador em 40% da frota e o Seturn quer aumentar esse índice, segundo ele; a oferta de mais ônibus circulares para os estudantes do campus da UFRN e a efetivação do passe livre – “que o próprio prefeito propôs e depois vetou”.
Fonte: Tribuna do Norte