Mossoró: Estudantes da zona rural reclamam que ônibus escolar não cumpre rota

Estudantes do Sítio Santana, zona rural de Mossoró, reclamam que o ônibus escolar não passa no local combinado e que por isso estão tendo que perder aula.
Kelly de Aquino e Lisandra Amanda cursam o 2º ano do ensino médio na Escola Estadual José Martins de Vasconcelos, situada no Liberdade I. As duas contam que são as únicas alunas do Sítio Santana que precisam do ônibus escolar na comunidade, mas o transporte não está passando para levá-las à escola.
No ano passado, era apenas uma aluna, Lisandra, e o ônibus passava normalmente. Este ano, segundo Kelly, a empresa de transporte alega que o roteiro precisou ser mudado. “O motorista só passa quando quer. Falamos com Francione, da Dired, e ela passou o contato de Fátima, da empresa de ônibus. Falamos com Fátima e ela disse que esse ano não dá mais para mudar a rota. Propôs que a gente pegasse uma moto do sítio até Curral de Baixo, que fica perto, onde o ônibus passaria. Ela também daria o dinheiro para pagar a moto, o que nunca aconteceu. A gente vai até o ponto, espera e o ônibus não passa por lá. Passa direto na BR”, reclama.
As estudantes reclamam que o ponto combinado em Curral de Baixo fica cerca de 4 km de onde elas moram. Muitas vezes o trajeto é feito a pé, em meio à lama, e mesmo assim o transporte escolar não passa para buscar as alunas. Quando elas conseguem ir à escola, o problema é na volta. “O motorista fica não querendo descer, os outros alunos também reclamam, querem que a gente desça na pista e vá a pé, mas é muito longe”, afirma Lisandra.
Kelly chegou a ficar mais de 15 dias sem ir para a aula por causa disso. “Fui hoje. Ela (Lisandra) está indo porque fica a semana na casa da tia aqui em Mossoró. Já eu sou casada, não posso ficar a semana toda aqui”, fala.
As estudantes contam que já tiveram várias conversas telefônicas com a representante da empresa, que fica de resolver o problema, mas a solução não aparece. “Teve um dia que ela mandou a gente pegar um táxi, quando chegasse à escola ela mandava o dinheiro para pagar, o que nunca aconteceu”, frisa Kelly.
A reportagem da Gazeta do Oeste tentou contato telefônico com Fátima Silva, responsável pela empresa que faz o transporte de alunos e professores da zona rural de Mossoró, mas a mesma não atendeu e nem retornou as ligações feitas. A reportagem tentou ainda o contato com a 12ª Diretoria Regional da Educação e do Desporto (DIRED), através de seus telefones, mas nenhum dos telefonemas foi atendido.

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