Antes de mais nada, queremos aqui deixar nosso pedido de desculpas pela não publicação deste editorial na última sexta-feira, conforme a programação do UNIBUS RN. Infelizmente, tivemos problemas com a programação deste texto. Porém, o problema está superado e podemos trazer hoje mais uma edição do Editorial UNIBUS RN. Hoje, falamos do principal acontecimento de julho: o aumento da tarifa de ônibus em Natal e região metropolitana.
Certamente, algo que vai doer ainda mais no bolso do passageiro. Na capital potiguar, o aumento foi de 6,82% – a passagem custa agora R$ 2,35. Já na região metropolitana, o DER autorizou nesta semana o aumento das tarifas, que são cobradas de acordo com a distância da linha. Nesse caso, o aumento variou entre 4% e 10%. Em alguns casos, o aumento representou mais R$ 0,50 na tarifa.
Apesar de sabermos que é algo inevitável, o aumento da tarifa ajuda a manter o sistema funcionando, mesmo que capenga em alguns casos. É notória a dificuldade de algumas empresas, já a alguns anos, de se manterem em funcionamento, alegando a defasagem da tarifa. Um valor maior pode dar sobrevida as suas operações.
Entretanto, infelizmente, os aumentos concedidos não estão trazendo o retorno esperado pela sociedade. Infelizmente, o transporte urbano da capital e de seu entorno está caindo aos pedaços. Não está valendo o que é pago ao passarmos nas catracas.
Diariamente chegam ao UNIBUS RN informações que dizem respeito a problemas no sistema. Os internautas relatam longas esperas nas paradas, ônibus mal conservados, paradas de ônibus em péssimo estado, quebras de veículos nas ruas, dentre outros. A avaliação é unânime: O valor pago está muito caro para a qualidade do serviço oferecido.
Para resolver os problemas do sistema, que não são poucos, o aumento de tarifa em si não é suficiente. É preciso uma mudança de atitude por parte de todos os envolvidos: gestores, empresários, operadores e passageiros. Temos de fazer uma verdadeira revolução em nosso transporte, partindo de uma gestão eficiente, funcionários bem treinados, empresários dispostos a reconquistar os que migraram para o transporte individual e os usuários lutando constantemente pelas melhorias que merecem.
Assim, o transporte público de Natal certamente voltará ao patamar de referência nacional que tinha na década de 1980. Como não existe máquina do tempo, essa referência tem de ser conquistada com novas iniciativas, atitudes enérgicas e boas condições para se operar o sistema.