O relatório da CEI da Bilhetagem Eletrônica não trouxe as novidades esperadas. Ao menos para o Sindicato de Permissionários do Transporte Opcional de Passageiros do RN (Sitoparn). Segundo o presidente do sindicato, Pedro Neto, a comissão não conseguiu descobrir o porquê da demora na implementação do sistema unificado.
“O problema hoje não é tecnologia, nem nunca foi. Se foi para dizer que a Prefeitura deveria vender as passagens, isso a lei já dizia. Faltou descobrir o porquê, que ganhava com essa demora”, assinalou. “Se a CEI não conseguir descobrir como é a relação entre o município e o Seturn, ela não trará resultado”, afiançou.
Em maio, os três entes envolvidos no processo foram ouvidos pela comissão: Seturn, Sitoparn e Município – este por meio da Semob e da Procuragoria Geral do Município. Até o início da noite de ontem, nenhum deles teve acesso ao relatório. Em parecer entregue à CEI, George Câmara aponta que nunca houve impasse de ordem tecnológica, mas uma ingerência por parte do município.
Para a secretária de mobilidade, Elequicina Santos, a CEI ajudou a secretaria a conseguir dotação orçamentária para contratar um auxílio técnico. “Claro que a CEI veio ajudar, agora temos dotação orçamentária e antes não tínhamos condições. Nossos técnicos não tinham como fazer os estudos, agora temos uma consultoria que vai nos acompanhar até o final da implementação da bilhetagem”, salientou.
Já o Seturn afirma que, com a CEI, foi possível determinar a inexistência de problemas de ordem tecnológicas. “Os vereadores viram que não era nada o que se dizia. Metade dos alternativos já operam com Natalcard, o que há é resistência por parte dos demais”, analisa Nilson Queiroga, diretor técnico do sindicato.
Fonte: Tribuna do Norte