O setor do transporte público embarca, cada vez mais, em campanhas para conter o abuso que eventualmente são praticados em mulheres no interior dos veículos. E, desta vez, foi a cidade de Curitiba que entrou na briga pelos direitos das usuárias e lançou, recentemente, a campanha “Busão sem Abuso”. O movimento consiste em estimular denúncias, formalizadas por telefone, de todas as ocorrências e ainda encoraja a vítima a acreditar que não está errada. O material de apoio conta com cartilhas, cartazes e um portal da internet, onde há instruções e contatos para relatar as incidências à Polícia Militar e Guarda Municipal. A pena é de multa e o acusado está sujeito à prisão de seis a dez anos caso seja comprovada a conduta sexual forçada. Além de séria, a promoção virtual oferece que o internauta use charmosos memes, inspirados no famoso cartaz vintage “We can do it” (Nós podemos fazer isso), dos anos 40, nas redes sociais como forma de apoio.
Em Katmandu, no Nepal, a proposta foi além e a prefeitura da principal cidade do país vai disponibilizar ônibus exclusivos ao sexo feminino no horário do rush. O anúncio foi feito este mês e teve uma promessa de que se a experiência vingaram, será expandida a outras cidades locais.
No ano passado, uma campanha similar também foi criada no Distrito Federal. A chamada “Assédio sexual no ônibus é crime” sensibilizava para a proteção à passageira e promovia o acesso da vítima aos canais de denúncia. Outros locais como Joinville (SC) e São Paulo integraram o coro contra o assédio às mulheres no transporte. No Rio, veículos metroferroviários dispõem os chamados vagões rosas, exclusivo para mulheres, durante o horário de rush.
Já Nova Iorque sedia uma campanha para mudar hábitos dos homens, de sentar de pernas extremamente abertas, e evitar o contato físico com demais passageiros. A tática foi espalhar pelas ruas cartazes para pedir que parem com tal postura. A posição já foi atacada em campanhas no transporte público do Chile, que associou a atitude masculina a uma tentativa de seduzir o sexo opostos. Esbarrões e inclinações das partes íntimas masculinas integraram a lista de outras restrições da mobilização chilena.
Fonte: Jornal O Dia (RJ)