O setor de transportes em geral também sentiu os efeitos da desaceleração econômica de 2014, no entanto, ainda registrou crescimento acima da média nacional contribuindo não apenas para movimentação de recursos, mas também do nível de emprego. Apesar disso, o ritmo de expansão foi bem menor do que o verificado em 2013. De acordo com a “Pesquisa Mensal de Serviços”, divulgada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com o acumulado de 2014, o setor de transportes no ano passado teve crescimento de 6,4%. Já no ano de 2013, esta elevação foi de 10,8%.
Vale destacar que, se forem aplicados os índices de inflação, acima de 7,25%, em vez de crescimento, o setor de serviços, incluindo transportes, houve retração nos ganhos dos empregadores.
Neste dado, estão diversas atividades relacionadas aos transportes, tanto de carga como de passageiros, além de locais, metropolitanos, intermunicipais, interestaduais e internacionais.
A redução no ritmo do setor de prestação de serviços como um todo ajuda a entender melhor dados de outras atividades ligadas a ele. É o caso da indústria de ônibus e caminhões, o que traz impactos diretos em regiões produtoras destes veículos, como no ABC Paulista, Rio de Janeiro e Curitiba, no caso de caminhões e chassis de ônibus, e interior de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, pólos produtores de carrocerias de ônibus. Com o crescimento menor, frente às incertezas econômicas no País e a redução de linhas de financiamento, empresários dos segmentos de carga e de passageiros compraram menos veículos novos. Segundo a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, em 2014, os licenciamentos de caminhões foram 11,3% menores que em 2013. Já o total de licenciamentos de ônibus no Brasil teve queda de 16,3% em 2014 na comparação com ano de 2013.
O transporte terrestre, tanto de cargas como de passageiros, foi o segmento com menor expansão no consolidado de 2014: 4,7%. No ano de 2013, chegou a registrar alta de 10,7 %. Como a maior parte dos deslocamentos tanto de bens como de pessoas é feita pelos transportes terrestres, o segmento é o mais sensível às instabilidades econômicas. Isso impacta o cotidiano de uma rede muito grande de profissionais como gerentes de tráfego, motoristas e cobradores de ônibus, caminhoneiros e carreteiros, ajudantes de entrega, ajudantes de carga e descarga, mecânicos e todos os trabalhadores ligados indiretamente às atividades de transportes.
O segmento aquaviário foi o que mais cresceu em 2014 (11,8%), mas ainda assim com taxas inferiores a 2013 (185). De acordo com o IBGE, em 2014, de maneira geral, o setor de serviços teve crescimento de 6%. No ano de 2013, foi de 8,5%.
Fonte: Blog Ponto de Ônibus