Empresários afirmam que rodoviários descumpriram decisão judicial e querem ressarcimento

Os ônibus de todas as empresas de transportes públicos urbanos de passageiros de Natal estão circulando. Porém, o atendimento está fora da normalidade e abaixo do que foi determinado pela Justiça para esta sexta-feira (30). É o que afirma o Seturn. De acordo com os empresários, os rodoviários descumpriram determinação judicial e deverão ressarcir os prejuízos causados, além de pagar pelo dano moral coletivo.

Para esta sexta-feira, os rodoviários tinham informado que haveria a paralisação dos serviços. Contudo, o Seturn acionou a Justiça e foi determinada a circulação de pelo menos 70% da frota nos horários de pico e 50% no transcorrer do dia. Pela manhã, a decisão foi descumprida pelos rodoviários.
Segundo o Seturn, até as 8h, não houve atendimento à população. Os ônibus só começaram a circular após esse horário, saindo das garagens às 8h, 8h40 e 9h. Mesmo assim, ainda de acordo com o Seturn, abaixo do número determinado judicialmente.
“Das 6h às 9h deveria ser 70% da frota, mas até as 8h não havia nenhum ônibus circulando, impedidos pelo Sindicato dos Rodoviários. Depois disso, começaram a liberar os ônibus, mas só 40% da frota. É um claro descumprimento da decisão judicial”, disse o consultor técnico do Seturn, Nilson Queiroga.
Apesar de afirmarem que a decisão está sendo descumprida, o Seturn disse que vai aguardar o transcorrer do dia para avaliar se entrará com outra ação contra o Sintro. No entanto, os empresários afirmam que o fato dos ônibus não terem saído às ruas no horário normal e em quantidade reduzida já pode caracterizar o descumprimento da decisão, o que incorre em punições aos rodoviários.
“Já pedimos na outra ação, na decisão liminar, o ressarcimento de todos os prejuízos que fosse causados em decorrência do descumprimento da decisão, com as perdas de receitas devido às viagens. Além disso, também vamos questionar o pagamento às pessoas que não trabalharam, porque não podemos arcar com o pagamento de pessoal sem concordar com um movimento arbitrário, que é contrário ao direito de greve”, explicou Nilson Queiroga.
Pela decisão da desembargadora Auxiliadora Rodrigues, presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT21), o Sintro fica multado em R$ 20 mil por cada tipo de descumprimento do que foi determinado.
A reportagem da Tribuna do Norte tentou contato com representantes do Sintro, mas os telefones do presidente do e dirigente do sindicato estava desligado. Na quinta-feira (29), a reportagem também tentou o contato, mas nenhuma das ligações foi atendida, tanto nos telefones celulares quanto no fixo do sindicato. Também não houve retorno por parte dos representantes do sindicato.

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