Desde que a Petrobras passou a adotar uma política de ajustes diários dos preços dos combustíveis, como forma de evitar perda de participação no mercado, quem tem sofrido é o setor de transporte coletivo urbano, diante do impacto nos custos operacionais.
Esta situação tem se mostrado preocupante, já que reflete diretamente numa pressão nas tarifas praticadas em todas as cidades do País. Em menos de uma semana o óleo diesel chegou a ter aumentos em torno de 10%.
O dilema recai nas mãos dos prefeitos: aumentar subsídio, para minimizar os custos operacionais das empresas operadoras, ou reajustar a tarifa?
Em Jundiaí as empresas que integram o Sistema Integrado de Transporte Urbano (SITU) já reagiram aos aumentos. Esta semana elas protocolaram na Prefeitura um pedido de correção na tarifa diante do aumento no diesel, e aguardam agora uma posição do secretário dos Transportes Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro.
A Prefeitura de Jundiaí mantém uma política de subsídio para os usuários do sistema, hoje em defasagem. Segundo o secretário de Governo e Finanças, José Antônio Parimoschi, o ex-prefeito Pedro Bigardi não deixou dotação orçamentária para cobrir a totalidade das despesas do setor de transporte coletivo.
Com o crescente custo do diesel, e sem orçamento para arcar com a despesa dos subsídios, as prefeituras se verão obrigadas a realizar uma revisão tarifária.
No dia de 2 de agosto publicamos entrevista com Otavio Cunha, presidente da NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, entidade que reúne no Brasil mais de 500 companhias de ônibus. Nesse dia ele anunciava um impacto de R$ 850 milhões nos custos do transporte coletivo após a aumento da tributação do PIS/Cofins sobre os combustíveis.
Diário do Transporte