A Buser deu início nesta sexta-feira, dia 9 de março de 2018, às suas primeiras viagens intermunicipais no Estado de São Paulo. Mas a primeira rota interestadual, com destino a Belo Horizonte, não pode prosseguir. O Diário do Transporte esteve no local, e cobriu as saídas dos dois veículos fretados.
No último dia dia 10 de março, a Buser divulgou nota na qual critica o que chama de posição “arbitrária” da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres.
“Minutos antes das viagens de São Paulo para Belo Horizonte e de Belo Horizonte para São Paulo partirem, a ANTT deu início a um procedimento de fiscalização. Mesmo sem encontrar nenhuma irregularidade, as viagens foram arbitrariamente impedidas de prosseguir, sem qualquer indicação de motivo”, afirma a nota da Buser.
Conforme reportagem de ontem, o ônibus com 14 passageiros, que deixou o estacionamento próximo ao Terminal Rodoviário Tietê, na Zona Norte da capital paulista, foi parado nas imediações do local, na Rua Voluntários da Pátria. A ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres e a Polícia Militar proibiram o ônibus de seguir viagem.
Segundo informou na ocasião, Marcelo Abritta, um dos fundadores da Buser, nem a ANTT, nem a PM (que acompanhou a fiscalização em SP) deixaram claro o motivo do bloqueio. Segundo Abritta, não havia nenhuma decisão judicial impedindo a viagem.
O mesmo fato ocorreu na viagem que partiria de Belo Horizonte com destino a São Paulo. A nota da Buser traz o diálogo da equipe da Buser em Belo Horizonte com o representante da ANTT, que chega a afirmar: “Pra gente [ANTT] vocês são como uma agência de viagem, vocês agenciam, contratam a empresa e rateiam o frete”.
Após a interrupção das viagens, a Buser informa ainda que comprou passagens em linhas regulares para todos aqueles que viajariam. E finaliza dizendo que vai tomar “todas as medidas necessárias para questionar este e outros atos arbitrários da ANTT, do DEER/MG, e dos fiscais responsáveis”.
Leia a nota da Buser na íntegra:
Diário do Transporte