Ilustração |
O sistema de biometria facial nos ônibus de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais, registrou uma queda expressiva no número de irregularidades em gratuidades nos ônibus municipais.
O último balanço feito pela Settra (Secretaria de Transporte e Trânsito) da Prefeitura de Juiz de Fora revelou que a quantidade de bloqueios foi de 236 para apenas sete em dez semanas. Os dados são um comparativo da primeira e da última semana de funcionamento do sistema de biometria facial.
“Esses números refletem a conscientização da população e um maior respeito não só aos usuários que possuem o direito da gratuidade, mas também àqueles que pagam a tarifa” – disse Andréa Júlia Gonzalez, gerente do departamento de Transporte Público.
IMPLANTAÇÃO E FUNCIONAMENTO
O sistema foi implantado em fevereiro para coibir irregularidades no uso de gratuidades no transporte coletivo. Os cartões verificados são o bilhete único, o cartão idoso, cartão deficiente, cartão livre, que dá direito à gratuidade e o escolar da rede pública, que também dá direito a passe livre.
Segundo informações da Settra, desde a implantação do sistema, foram 1.113 cartões de gratuidade bloqueados. O bloqueio inicial é uma advertência e permanece por 30 dias. Em seguida, o passageiro pode entrar com um recurso, caso não esteja cometendo uma irregularidade.
A Prefeitura informou que, deste total, mais de 300 usuários do transporte coletivo apresentaram recurso e foram julgados por uma comissão multidisciplinar.
UTILIZAÇÃO DO CARTÃO
Conforme informado pela Prefeitura, a pessoa com deficiência que utiliza o bilhete PCD, mesmo sem passar na roleta, deve aproximar o cartão do validador para a captura da imagem. “No caso do deficiente que estiver acompanhado, ele deve ser o primeiro a passar, para não ter o benefício cancelado. Crianças com direito à gratuidade devem ser levadas ao colo, para também serem identificadas pelo sistema de reconhecimento facial”.
Diário do Transporte