Mercado interno alcança melhor patamar desde 2015

O mercado interno de veículos ganhou mais força no primeiro quadrimestre do ano. As vendas avançaram 21,3% para 762,8 mil unidades, entre leves e pesados. O volume é o maior para o período desde 2015, quando foram registrados 893 mil emplacamentos no País. “Os números estão voltando a patamares mais saudáveis, mas ainda ficam abaixo da média dos últimos 10 anos para o período, que era de 950 mil unidades”, observa Antonio Megale, presidente da Anfavea, associação que representa as montadoras e apresentou os números na segunda-feira, 7. 

O aumento mais significativo foi registrado nas vendas de caminhões, que avançaram 57,6% de janeiro a abril, para 20,6 mil unidades. Enquanto isso, o segmento de ônibus avançou 43%, chegando a 3,6 mil chassis, e a demanda por modelos leves somou 738,4 mil veículos, com alta de 20,4%. 
MÉDIA DIÁRIA EM EXPANSÃO
Os dados isolados de abril mostram avanço de 4,8% nas vendas sobre março e de 38,5% na comparação com o registrado há um ano, com 217,3 mil emplacamentos. O crescimento mais importante, no entanto, foi o da média diária de vendas, que chegou a 10,3 mil emplacamentos/dia. “É um número muito bom”, avalia Megale. Segundo a Anfavea, o resultado diário se fortalece mês a mês. Entre março e abril a melhora foi de 4,8%. 
Sem a barreira de 30 pontos adicionais no IPI de veículos importados fora das condições do Inovar-Auto, que terminou em 2017, cresceu também a participação nas vendas de carros fabricados em outros países. Na média dos quatro meses de 2018 os importados representaram 11,9% do total negociado localmente. Este porcentual está em expansão gradativa. A Anfavea projeta que, até o fim do ano, o número chegue a 15%. 
PROJEÇÕES MANTIDAS
Apesar do crescimento robusto nas vendas anotado de janeiro a abril, a Anfavea decidiu sustentar os cenários traçados para 2018. A expectativa da entidade é de que o mercado interno avance 11,7% na comparação com 2017, para 2,5 milhões de veículos, com 2,42 milhões de leves e 79,5 mil pesados. 
“Por enquanto as vendas têm crescido a um ritmo maior, mas imaginamos que, nos próximos meses, este aumento vá convergir para a nossa projeção porque o patamar de vendas do segundo semestre do ano passado foi mais robusto, então a evolução tende a ser mais tímida”, diz Megale.
Portal Automotive Business

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