Areia e invasões às ciclovias trazem riscos aos ciclistas da Ponte Newton Navarro

Os ciclistas que passam diariamente pela Ponte Newton Navarro precisam tomar diversos cuidados, que não deveriam ser suas obrigações, se não quiserem correr o risco de se acidentarem. Um desses problemas envolve o surgimento de alguns bancos de areias nas faixas de ciclovias.
Foto: José Aldenir / Agora Imagens

Dependendo do tipo de bicicleta utilizada, a areia pode causar quedas ou acidentes piores. O ciclista Josivan Ferreira afirmou que precisa, todos os dias, correr esse risco.
“Eu saio de casa para o trabalho e volto de bicicleta. É um eterno transtorno. Quando chove, acumula areia exorbitante. Eu tento minimizar para não tomar espaço dos carros, mas não é recíproco. A dificuldade é tão grande que tenho medo de passar e cair. É um pequeno trecho, mas até chegar ao final dele é um sacrifício”, lamentou.
Conforme o ciclista explica, o problema já é recorrente em anos. “Quando chove, a areia das ruas altas que não são calçadas, escorrem, ocupando parte do trecho da pista”.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), que afirmou que, por se tratar de uma rodovia estadual (RN-302), a responsabilidade da limpeza dos bancos de areia é do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) e do Comando da Polícia Rodoviária Estadual (CPRE). O CPRE afirmou que precisaria checar se há alguma ação no sentido de prevenir novos acidentes nas ciclovias da ponte. O Detran-RN, em contrapartida, não atendeu às ligações.
Invasão às ciclovias
Outro problema corriqueiro para quem percorre de bicicleta a zona Norte em direção à zona Leste e ao litoral Sul, ou vice-versa, é a invasão de carros, ônibus e motociclistas às ciclovias.
No dia 14 de junho de 2017, a ciclista baiana Alexia Suelen Alves dos Santos Van Petten’s, de 24 anos, foi atropelada enquanto pedalava por um motociclista que invadiu a ciclovia da Ponte Newton Navarro. A ciclista fazia uma expedição com amigos com destino ao Alasca, e três dias depois do acidente faleceu no hospital Monsenhor Walfredo Gurgel.
De acordo com Josivan Ferreira, a STTU passou em torno de 15 a 20 dias fiscalizando a ponte após o acidente, mas a vigilância, eventualmente, cessou. Apesar das incidências de invasões terem diminuído, elas ainda acontecem. Na época, o secretário-adjunto da STTU, Walter Pedro, admitiu que não seria possível manter agentes fixos o tempo todo no local, mas que a Prefeitura de Natal buscaria implantar um formato de maior eficiência de fiscalização para auxiliar o Governo do Estado.
A reportagem tentou entrar em contato com o secretário para saber se o plano já foi colocado em prática, mas até o fechamento desta matéria, não obteve êxito.
Agora RN

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.