Moradores de São Gonçalo pedem mais ônibus para Natal

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Com a expansão urbana e demográfica de áreas rurais na Região Metropolitana de Natal (RMN), também crescem as demandas por infraestrutura e serviços prestados à população, como é o caso, hoje, de comunidades situadas às margens da rodovia estadual RN-160,  no trecho entre Natal e São Gonçalo do Amarante, que em 2010 contava com 87.668 habitantes, segundo o Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e já conta com 101.492 pessoas, segundo a estimativa populacional de 2017 do mesmo órgão.

Moradores da comunidade Novo Santo Antonio reclamam principalmente, por exemplo, da ineficiência do sistema de transporte coletivo, porque a maioria das pessoas trabalha em bairros do centro de Natal, como o Alecrim ou em shopping da capital, mas não existem ônibus que os levem até lá. 
Israela Fernandes da Silva diz até a terça-feira (15), os moradores  dos conjuntos Brasil, Luiza Queiroz, Rui Pereira, Parque Amarante, Lírios, Ipês e Quinta do Guajirus, entre outros, contavam com três linhas de transporte coletivo, que faziam o percurso até o Alecrim e Mirassol por intermédios de permissionários, que deixaram o trajeto alegando prejuízo. “Agora, quem precisa ir a Natal e chegar ao trabalho ou estudar tem de pegar quatro ônibus”, reclama ela.
Segundo Israela da Silva, as comunidades passaram a ser atendidas apenas por micro-ônibus da Cooptragran, uma cooperativa de transporte coletivo que circula até Igapó ou um alimentador da empresa Trampolim da Vitória, que vai até à comunidade de Regomoleiro, que cobram passagens, respectivamente, nos valores de R$ 3,00 e R$ 3,60.
Ela disse que os moradores têm de esperar, em média, uma hora e meia pela chegada dos micro-ônibus: “Quem não quiser esperar tem de caminhar a pé e correr risco de assalto pra pegar outro transporte até o centro de Natal”. Moradora do conjunto Quinta do Guajiru, Marta Rocha, informa que eles vão a Natal entregar um documento e abaixo-assinado, com mais de mil assinaturas, reivindicando uma solução para a falta de linhas intermunicipais de transporte coletivo ao diretor geral do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER-RN), general Jorge Fraxe, porque o que havia disponibilizado até então, “era apenas apalavrada”.
Marta Rocha reclama, ainda, que em horários de pouca  movimentação das pessoas, como aquelas que saem logo cedo, às 5 horas, para o trabalho ou escola, correm o risco de violência: “Aqui já houve estupros e os assaltos são diários e a toda hora”.
Segundo Marta Rocha, os estudantes também são prejudicados, “porque muitos fazem  Faculdade em Natal” e outras pessoas fazem cursos de capacitação em profissional na capital.
Em relação à segurança, ela disse que há uns dois meses fez-se um protesto em frente ao Serv Clube, com unas dez pessoas, mas assim mesmo surtiu efeito – “já passam viaturas da polícia e viaturas da Força Nacional por aqui”, enquanto em relação a iluminação pública, contou-se que a prefeitura de São Gonçalo do Amarante já fez a reposição de lâmpadas nas principais ruas.
Para, essa situação de abandono “talvez seja porque pensam que aqui não tem eleitor”, pois muitos vieram de outras cidades do interior ou mesmo de Natal e não exista interesse pela classe política do município: “Mas a gente pode ajudar ou atrapalhar a eleição de um governador”.
Tribuna do Norte

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