As pessoas que precisaram viajar de ônibus a partir da rodoviária de Natal, na Cidade da Esperança, foram impedidas de seguir o caminho na manhã desta quarta-feira (23). Os empresários e motoristas fizeram um protesto e, segundo eles, nenhuma das 150 viagens previstas para hoje seria realizada. Dezenas de ônibus saíram em carreata até Parnamirim em protesto contra o aumento no valor dos combustíveis.
De acordo com o representante do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio Grande do Norte (Setrans), Wellington Oliveira, os valores cobrados pelo óleo diesel atualmente estão inviabilizando a atividade. Além disso, a falta de fiscalização do Poder Público quanto à atuação dos clandestinos também tem prejudicado a atividade. Por isso, além dos empresários, os funcionários das empresas também participam da manifestação, que cobra a redução nos valores.
“Da forma como está, não dá para continuar. É impossível operar com esses novos valores”, disse Wellington Oliveira.
Com a paralisação, aproximadamente 2,5 mil pessoas foram prejudicadas. O superintendente da Rodoviária de Natal, Rodrigo Wanderley, disse que a manifestação é das oito empresas que operam no local e que a rodoviária está orientando os passageiros.
“Nós não temos o que fazer com relação à paralisação. A rodoviária não tem nada a ver com esse protesto. O que estamos fazendo é orientar os passageiros sobre como proceder e sobre as remarcações de passagens, que ainda não estão sendo feitas”, explicou.
Por volta das 12h40, o protesto dos motoristas e trabalhadores de ônibus intermunicipais e interestaduais chegou ao Parque de Exposições Aristófanes Fernandes. A paralisação se uniu a manifestação dos caminhoneiros, que ocorre desde a manhã desta quarta-feira. A recomendação da Polícia Rodoviaria Federal (PRF), é que uma das vias seja liberada. Até o momento, a ordem está sendo seguida pelos manifestantes. Apesar da liberação parcial, o trânsito segue lento para os condutores que estão na BR-101, em Parnamirim e querem seguir para João Pessoa e demais cidades.
Tribuna do Norte