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O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, afirmou na terça-feira (12) que o fim da dupla função de motorista e cobrador de ônibus deve ser discutido entre trabalhadores e empresários para que ocorra de modo gradual, para que o impacto seja reduzido no orçamento das empresas de ônibus. Esta é uma das principais requisições da categoria que fez uma paralisação nesta segunda (10).
“Para mim, que quero emprego na cidade e que perdemos 500 mil empregos nos últimos 3 anos, é ótimo. A Câmara dos Vereadores votou e eu posso regulamentar a qualquer momento. Mas eu preciso que isso seja feito de maneira escalonada com os empresários, que estão vivendo um problema sério de natureza econômica. Nos últimos meses fecharam 14 empresas”, explicou Crivella.
Após reunião com representantes da categoria, na tarde desta terça-feira, a greve foi suspensa por 24 horas. Os rodoviários, a princípio, aceitaram proposta de aumento salarial de 7%, mas ainda querem que o prefeito Marcelo Crivella regulamente a já sancionada lei que acaba com a dupla função.
Segundo o presidente do Sintraturb, Sebastião José, o acordo prevê 7% de reajuste salarial em duas vezes, sendo 3,5% em junho e 3,5% em novembro. Ele afirma que também foi aceito aumento na cesta básica com 50%, que passa de R$ 200 para R$ 300, além da implantação da biometria nas empresas.
Prefeito diz que Crea não tem condições para avaliar ciclovia
O prefeito participou, na manhã desta terça, do evento de abertura da Velo-City 2018, um congresso de mobilidade urbana que acontece no Pier Mauá até o dia 15 de junho. Segundo Crivella, a prefeitura vai trabalhar para que os ciclistas possam voltar a usar a ciclovia Tim Maia.
“A questão da Ciclovia Tim Maia está judicializada. Houve o reforço estrutural daquele acidente que ninguém esperava. A onda forte suspendeu aquelas vigas e elas se romperam e foi feito um reforço. O juiz pediu que o Crea se manifestasse sobre a eficiência do reforço. O Crea não vai se manifestar nunca. Eu sou engenheiro e tenho mais de cem obras registradas como responsável técnico e o Crea não é o melhor instituto. Era melhor que se pedisse a Coppe ou a alguma consultoria ou aos técnicos da Prefeitura. O Crea, aliás, nem condições tem, técnicas e equipamento para fazer isso”, garantiu Crivella.
O evento tem a previsão de reunir cerca de dois mil participantes. O Rio é a primeira cidade da América do Sul a sediar o evento, que reúne projetos e palestras relacionados a mobilidade por bicicletas.
“Eu gosto muito de andar de bicicleta, mas infelizmente ando com pouco tempo”, explicou o prefeito, que ressaltou que era um apaixonado pela bicicleta quando era criança.
“A bicicleta hoje é um modal importante. As pessoas não vão deixar de andar nos modais tradicionais, mas é uma maneira de oxigenar os meios de transportes dentro das comunidades”, destacou subsecretário de meio ambiente do Rio, Justino Carvalho.
Ele ressaltou que existe, para o ano que vem, o projeto de aprovação de um plano diretor de ciclovias, que será discutido amplamente.
O Globo