Depois de aprovado pela Justiça um aumento escalonado nas tarifas que vai chegar a 136% em março de 2020, o metrô de Belo Horizonte pode ser privatizado.
Divulgação/CBTU |
Em Brasília, uma reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) qualificou a privatização da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), ou seja, a partir de agora, a companhia começa a passar por processo de desestatização. Segundo o CPPI, para que isso possa acontecer, a CBTU deve ter suas atividades separadas conforme as cidades em que opera: Belo Horizonte, Maceió, João Pessoa, Recife e Natal.
A qualificação da proposta acontece menos de um mês após uma audiência de conciliação, realizada na Justiça Federal, aprovar o aumento de R$ 1,80 para R$ 4,25 nos preços das tarifas do transporte público da capital mineira. O acordo definiu que o valor será reajustado a cada dois meses.
A CBTU tentava aumentar a tarifa do metrô de BH desde maio de 2018, quando anunciou um reajuste de 89% no valor alegando que a tarifa não sofria reajustes há 12 anos. Na época, a decisão foi barrada pelo TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais).
O aumento só foi consumado em abril deste ano, após decisão do TRF (Tribunal Regional Federal), que deu ganho de causa à CBTU. A última expansão no metrô de Belo Horizonte aconteceu em 2002.
A Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários) repudiou a iniciativa do governo. “Nos colocamos em defesa de um metrô público, estatal e de qualidade. A privatização é prejudicial para população e para os trabalhadores, pois precariza o serviço, aumenta a tarifa, e coloca em risco a todos”, afirmou a entidade, em nota divulgada no site.
Portal R7