A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (1º) aumento de 3,9%, em média, no preço do óleo diesel vendido por suas refinarias. Foi o primeiro reajuste desde 12 de junho, quando a companhia pôs fim ao prazo mínimo para mudanças no preço do combustível.
Foto: Ilustração/Arquivo UNIBUS RN |
Segundo a estatal, o aumento é de R$ 0,081 por litro. A partir desta terça (2), portanto, o diesel será vendido, em média, a R$ 1,9854 por litro. O repasse ao consumidor, porém, dependerá de políticas comerciais de distribuidoras e postos.
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço do diesel nas bombas vem caindo há cinco semanas consecutivas, como reflexo de três cortes promovidos pela Petrobras nas refinarias -o último, em junho, foi de 4,6%.
Na média nacional, de acordo com os dados da agência, o litro do óleo diesel foi vendido pelos postos a R$ 3,570 por litro na semana passada, baixa de 4,4% com relação ao verificado um mês antes. O movimento respondeu à redução no preço do petróleo.
Em 12 de junho, a Petrobras anunciou nova alteração em sua política de preços, eliminando o prazo mínimo de 15 dias para reajustes estabelecido em março, como resposta a crescentes pressões dos caminhoneiros contra aumentos no início do ano.
A empresa considerou que os prazos mínimos prejudicavam sua capacidade de competição em um momento de queda nas cotações internacionais, abrindo janelas de oportunidade para importações por companhias privadas.
O preço da gasolina vendida pela Petrobras permanece inalterado -a alteração mais reajuste ocorreu em 10 de junho, com corte de 3%.
Segundo a ANP, também nesse caso, o valor de bomba vem registrando constante queda: já são sete semanas de redução.
Empresa diz ainda querer vender fatia na Braskem
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que a companhia mantém o interesse em vender sua fatia na Braskem, mesmo apos o fracasso das negociações entre sua sócia Odebrecht e a suíça LyondellBasell.
Castello Branco afirmou que a participação na Braskem “não faz nenhum sentido”. A Petrobras tem 36,1% da petroquímica, e a Odebrecht, 38,3%. Os 25,5% restantes estão nas mãos de minoritários.
A Odebrecht tentou vender sua fatia para a LyondellBasell, mas as negociações foram suspensas no início de junho.
FOLHA DE S. PAULO – SP