Apesar da intervenção, que começo uno fim de janeiro e terminou em julho, o BR T continua a apresentar os mesmos problemas de quando a prefeitura assumiu o serviço, depois de afastara concessionária. A solução para evasão, falta de ônibus e vandalismo parece ainda estar longe.
Foto: Reprodução JN/Ilustração |
Ontem, na Ilha do Governador, na ponte estaiada do Transcarioca, que faz a ligação com o Aeroporto Tom Jobim, pedestres, ciclistas e até pescadores se aventuravam no que deveria ser uma via exclusiva para os ônibus articulados. Na segunda-feira, aponte estava tomada por lixo e mato, masa Comlurb garante que faz a
limpeza semanal. E, apesar de ter sido prometida, a reativação das 22 estações na Avenida Cesário de Melo, do Transoeste (de Santa Cruza Barrada Tijuca ), nada aconteceu.
– Não tenho esperança de que as estações voltem a funcionar algum dia – diz a comerciante Anilda Pereira, de 52 anos, dona de um bazar, perto da estação Cesarão 2, uma das desativadas.
Por sua vez, o Rio Ônibus prepara um estudo que vai concluir que a intervenção, ao demolir os beirais de algumas estações, não conseguiu resolver o problema das evasões. Segundo o sindicato das empresas, a prefeitura também não repôs 1,8 mil portas destruídas por vândalos ou roubadas, o que facilita os calotes.
-Vamos convidar arquitetos para sugerir outras soluções – disse o presidente do Rio Ônibus, Cláudio Callak.
Outra medida deverá ser substituir os materiais usados no revestimento das estações, como pisos de granito, por outros de menor valor.
A ideia do ex-interventor Luiz Alfredo Salomão de vender patrocínios para custeara manutenção e segurança das estações não foi adiante. Dois editais foram lançados, mas não apareceram interessados. Procurado, Salomão preferiu não se manifestar.
Há ainda outras questões indefinidas, como a recuperação da frota. A prefeitura anunciou que os empresários comprariam 150 coletivos e recuperariam outros 90 ônibus. Callak diz que era negociado um acordo, masque não faz sentido reformara frota enquanto problemas crônicos, como o asfalto do Transoeste, não forem solucionados.
O GLOBO – RJ