Assim como empresas associadas ao SETURN, Metrô de São Paulo vai aderir ao laço do autismo

Iniciativa de mãe potiguar leva laço com quebra-cabeça ao sistema de metrô da maior cidade da América Latina
Tal como fizeram as empresas de ônibus associadas ao SETURN em Natal, que sinalizaram os seus veículos com informações sobre o direito dos autistas ao assento preferencial, o Metrô de São Paulo também irá sinalizar os metrôs da capital paulista, aderindo ao laço estampado com o quebra-cabeça colorido – símbolo do Transtorno do Espectro Autista (TEA), para indicar prioridade para das pessoas com essa condição. Isso, graças à iniciativa da médica potiguar Rochele Barbalho, mãe de Alberto, um estudante autista de 13 anos, cuja família enfrentou dificuldades, devido à falta de informação sobre o direito ao assento prioritário do autista no metrô de São Paulo, durante uma viagem de férias com a família, em novembro.
Ônibus da capital do RN estão adesivados com o laço do autismo. (Foto: Divulgação)
Rochele contou que estava dentro do metrô com o marido e Alberto – que portava um crachá com o símbolo do autismo, além do ‘cordão de girassol’ (criado para ser usado por quem possui deficiência oculta, tendo em vista o bem-estar e a segurança dessas pessoas), quando um passageiro idoso entrou no metrô e abordou o jovem, pedindo que ele se retirasse do assento. O que o homem não sabia, é que Alberto usufruía do direito ao assento garantido pela Lei Federal nº 12.764/2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. “Eu e o meu marido explicamos ao passageiro sobre o autismo e também do direito destes ao assento preferencial”, informou Rochele que percebeu que a necessidade de estimular o Metrô de São Paulo a disseminar o conhecimento sobre o assento preferencial no transporte público para os autistas na maior cidade da América Latina.
O laço do autismo está na Lei – na capital do RN, os ônibus atendem à lei municipal nº 6.748/ 2017, que obriga os estabelecimentos públicos e privados no Município do Natal a inserir nas placas de atendimento prioritário o símbolo mundial do autismo. Além disso, o SETURN dissemina informações educativas a fim de informar os passageiros acerca desse direito adquirido.
O estudante Alberto Barbalho é autista e utilizou o assento preferencial no metrô da capital paulista. (Foto: Arquivo da família)
No retorno à Natal, a mãe de Alberto enviou um e-mail ao Metrô de São Paulo, relatando a experiência vivida pela família, citando a Lei nº 12.764 e sugerindo a sinalização por meio de campanhas informativas e o uso do laço com quebra-cabeça nos metrôs paulistanos. A fita colorida tem função educativa para o público e traz segurança para o autista, além de poupar constrangimentos indevidos a essas pessoas, como foi no caso enfrentado pela família.
A expectativa de Rochele era que a fita fosse inserida em toda a sinalização do uso preferencial, tal como ocorre em Natal. “É importante o reconhecimento do SETURN sobre o autismo como deficiência, para assim garantir o direito das pessoas com o TEA. A percepção das mães que andam de ônibus foi imediata.”, relatou a mãe de Alberto acerca da sinalização sobre o autismo no transporte público coletivo da capital.
Metrô de São Paulo vai aderir ao laço com quebra-cabeça – no dia 3 de janeiro, veio a notícia que era aguardada com esperança: o Metrô de São Paulo, por meio do Serviço Estadual de Informações ao Cidadão (SIC/SP), enviou um e-mail à Rochele, informando que providenciará a substituição de toda a sua comunicação visual de uso preferencial visando a inclusão do “laço com o quebra-cabeça”. A mãe de Alberto comemorou e divulgou a notícia para os grupos de familiares e também nas redes sociais que militam em prol dos autistas. “Vale a pena reclamar, exigir, espernear!”, escreveu Rochele em mensagem enviada aos grupos. “Quanto mais esse laço constar nos locais, mais pessoas vão saber e conhecer”.
Alberto e Rochele durante viagem de férias pelo estado de São Paulo. (Foto: Arquivo da família)
A vitória deu ânimo para que a luta pelo laço colorido continue. “Muitas lojas em Natal ainda não tem o laço. Quando mais pessoas reclamarem seus direitos maior conscientização. É uma luta incansável e diária”, destacou Rochele.
Um olhar para incluir e cuidar – para ampliar o acesso a mais conhecimentos sobre o TEA, o SETURN e o NatalCard incluíram o tema do Dia do Orgulho Autista, celebrado em junho, no Calendário 2020, com informações de utilidade pública sobre o autismo. Assim como outras temáticas, o autismo será promovido em ações de responsabilidade social desenvolvidas ao longo do ano pelo SETURN e o NatalCard.

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