A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), acaba de publicar mais um estudo baseado na Pesquisa Origem e Destino 2017 do Metrô. Realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), o foco dessa vez é a locomoção dos idosos na capital paulista.
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Fenômeno mundial, muito em virtude da redução das taxas de fecundidade e do aumento da expectativa de vida, o envelhecimento da população também é algo pujante em São Paulo. Segundo o IBGE, em 2000, as pessoas com 60 anos ou mais correspondiam a 9,3% da população paulistana. Em 2010 esse número saltou para 11,9%. A Fundação SEADE estima que o número de idosos seja de quase 2,5 milhões em 2030 (20,1% da população) e 3,6 milhões em 2050 (29,8%).
Dados da Pesquisa Origem e Destino estimaram que a população residente em São Paulo em 2017 era de 11.739.241, sendo 15,7% de idosos, isto é, 1.843.616 pessoas. Sacomã (42 mil idosos), Grajaú (39,5 mil) e Sapopemba (38,5 mil) eram naquele ano os distritos com o maior contingente de idosos. Em termos relativos à população total, Alto do Pinheiros (29,8%), Saúde (26,6%) e Jardim Paulista (26,3%) foram os que mais se destacaram.
Entre 2007 e 2017, o número de viagens – deslocamento de uma pessoa, com motivo específico, usando para isso um ou mais modos de transporte – apresentou leve aumento. O destaque ficou por conta justamente dos idosos, que se deslocaram na cidade por motivos variados, sendo trabalho (34,3%), compras (16,9%), assuntos pessoais (16,2%) e cuidados com a saúde (15,5%) os principais.
O transporte motorizado individual (carro, moto, caminhão…) foi o mais utilizado pelas pessoas com 60 anos ou mais, contrastando com a população em geral, que usou mais o transporte coletivo motorizado (ônibus, trem, metrô…). Os dados demonstraram ainda que em comparação a outros grupos etários (0 a 17 anos e 18 a 59 anos), os idosos são os que menos andam a pé e menos ainda de bicicleta.
Apesar da maioria dos idosos utilizar transporte motorizado, chama a atenção a grande faixa dessa população que realiza viagens exclusivamente a pé: 23%.
Com o objetivo de aumentar a segurança viária, reduzindo o número de mortes no trânsito, a Prefeitura lançou o Plano de Segurança Viária 2019-2028, que estabelece objetivos e metas a serem alcançados no período. Em curto prazo, o Programa de Metas 2019-2020 prevê a redução do número de óbitos no trânsito para seis a cada 100 mil habitantes; a construção e recuperação de 1,5 milhões m² de calçadas; a padronização das calçadas, estabelecida pelo Decreto 58.611, e a obtenção dos selos intermediário e pleno do Programa São Paulo Amiga do Idoso do governo estadual.
Também é importante informar que na cidade cabe à Coordenação de Políticas para a Pessoa Idosa, vinculada à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), a articulação e integração de políticas públicas para essa população.
Fonte: Prefeitura de São Paulo