Otimismo com o crescimento do mercado brasileiro de caminhões faz Volvo ampliar investimento no Brasil em mais R$ 1 bilhão. Ela é a segunda fabricante de caminhões e ônibus este ano a apresentar razões para perspectivas positivas o crescimento em 2020 e balanço também positivo de 2019. A primeira foi a Mercedes-Benz.
Ônibus Urbano de São Paulo com chassi Volvo B250R. Foto: Gustavo Cruz Bezerra/Ônibus Brasil |
Segundo Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina, o crescimento de 58% nas vendas de caminhões dá a confiança para o investimento o novo aporte de investimento para o período de 2020 a 2023 no desenvolvimento de novos produtos e serviços em todas as áreas de atuação da empresa: caminhões, ônibus, equipamentos de construção, motores e serviços financeiros. Há um ano, a empresa já havia anunciado investimento de R$ 250 milhões, totalizando, agora, R$ 1,250 bilhão para esses próximos três anos.
Brasil é segundo maior mercado da marca
Como a base de mercado já cresceu no ano passado, para este ano, o Lirmann acredita que o mercado, como um todo, vai crescer 15% e, em semipesados, um percentual um pouco maior. No segmento de ônibus, o crescimento deve ser de 10% em urbanos e 15% no rodoviário.
O Brasil é o segundo maior mercado de caminhões para a Volvo, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2019, a Volvo recuperou a liderança no segmento de pesados com 14.505 unidades emplacadas, seguida de perto pela Mercedes-Benz com 14.114 unidades, e da Scania mais atrás, com 12.669 unidades.
O modelo mais vendido da Volvo foi o FH 540 6×4, com 7.135 unidades, mostrando que os transportadores rodoviários estão investindo mais em potências acima de 500 cv.
No segmento de semipesados, com a linha VM, a Volvo 2.339 caminhões, 55,5% a mais do que em 2018 e ficando na terceira posição em volume de vendas, atrás da Volkswagen Caminhões (10.243 unidades) e Mercedes-Benz (7.359).
Alcides Cavalcanti, diretor comercial de caminhões da Volvo, lembra que no período entre 2010 e 2019, a Volvo foi líder em sete anos.
Ônibus
Já no segmento de ônibus, por ter uma linha de produtos mais sofisticados para os padrões de compra no Brasil, os números são menores e, mesmo assim, a empresa cresceu 73%. Foram 744 unidades emplacadas, sendo 389 de modelos rodoviários (crescimento de 62%) e 355 urbanos (87% de crescimento).
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