Por ANTP
Foto: Andreivny Ferreira (UNIBUS RN)
Importantes entidades que representam o setor de transporte em todo o país pediram formalmente ao BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social que seja prorrogada até o final do ano a suspensão do pagamento das parcelas do Finame para o financiamento das compras já realizadas de coletivos novos.
No dia 30 de setembro venceu o prazo das medidas promovidas pelo BNDES pela Circular SUP/ADIG nº 11/2020.
A Circular prorrogava o pagamento das parcelas de financiamento das empresas de transporte público.
A carta encaminhada ao presidente do Banco é assinada pelos presidentes de entidades representativas do setor, como a ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos, a NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), FABUS (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus) e o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana.
Por causa dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a economia, o BNDES suspendeu o pagamento destas parcelas entre abril e setembro, com previsão de retomada em outubro, mas as viações ainda registram quedas expressivas na demanda de passageiros.
Depois de seis meses de pandemia, o Brasil ainda não foi capaz de controlar o avanço do novo coronavírus e nem de fomentar as atividades econômicas essenciais.
Um ofício anterior foi encaminhado ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, pelo presidente da NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, Otávio Vieira da Cunha Filho, com data de 21 de setembro de 2020.
O documento também solicita a prorrogação das medidas até o final do ano e a extensão do prazo dos contratos.
A Fetpesp – Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de São Paulo também chegou a oficiar a CNT – Confederação Nacional do Transporte e a NTU para que as entidades solicitem ao BNDES a postergação do pagamento das parcelas do Finame referente à aquisição de veículos.
No documento assinado pelas entidades é observado que em todo o país a recuperação do mercado de viagens urbanas por transporte público coletivo “tem sido muito lenta (hoje, na média das capitais brasileiras os sistemas de ônibus estão transportando cerca de 42% da demanda verificada antes da pandemia), o que nos leva a prever a necessidade de pelo menos mais 6 (seis) meses para voltar aos patamares de produção anteriores à crise sanitária”.
Além da prorrogação até o fim do ano, as empresas de ônibus também solicitaram que as parcelas suspensas sejam pagas somente nos finais dos contratos para dar tempo de uma recuperação nas receitas.