Por UNIBUS RN
Fotos: Ilustração/Divulgação CNT
A crise provocada pelo novo coronavírus afetou o setor de transportes – tanto o de passageiros, quanto o de cargas – e ainda deverá perdurar. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), realizada com 776 empresas do setor entre os dias 1 e 3 de abril, 34,5% das empresas acreditam que o tempo estimado da crise causada pela pandemia do COVID-19 será de até 8 meses. Além disso, 69,5% declaram que a pandemia já gerou impactos muito negativos.
Os números também são negativos em relação ao faturamento das empresas: para 84% delas, o faturamento do setor cairá ainda mais nos próximos 30 dias, e quase um terço acreditam que a queda vai ser superior a 80%. A queda no faturamento, até o momento, de acordo com as empresas, já foi de 71,1%.
Além disso, de acordo com as empresas que participaram da pesquisa, a situação financeira e capacidade de cumprimento das obrigações (como folha de pagamento, financiamentos, tributos, fornecedores, concessionárias, aluguel, etc) está “muito comprometida” para 41,4% delas.
A sondagem, denominada “Painel Impacto no Transporte – Covid-19” permite o acesso às respostas das empresas de transporte de todo o país à pesquisa realizada pela CNT, e estão disponíveis no site www.cnt.org.br/painel-impacto-covid19 .
Ônibus e trens
A pesquisa também aponta os números específicos dos setores “rodoviário de passageiros regular”, “Rodoviário de passageiros fretamento”, “urbano de passageiros por ônibus” e “metroferroviário”. Nessas categorias, os índices indicam que as consequências da crise são ainda maiores.
Para as empresas de ônibus urbanos e rodoviários, os impactos da pandemia da COVID-19 são considerados “muito negativos” por 97,3% das empresas. No fretamento, 87% das empresas consideram que os impactos são “muito negativos”.
Já em relação ao trem e metrô, 77,8% das empresas sondadas classificam os impactos do vírus na economia como “muito negativos”.