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Eletra destaca na COP-30 que descarbonização vai além do elétrico e exige sustentabilidade completa

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Eletra Bus)

A discussão global sobre a descarbonização dos transportes avança, mas um alerta tem ganhado força dentro do setor: ser elétrico não é suficiente. Para ser verdadeiramente transformador, o ônibus precisa ser sustentável também em sua concepção, produção e aplicação prática nas cidades. A afirmação é de Milena Braga Romano, diretora-presidente da Eletra, empresa brasileira líder na fabricação de ônibus elétricos e referência em tecnologia nacional para mobilidade urbana de baixo carbono.

A companhia participa ativamente da COP-30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, realizada em Belém (PA). Além de integrar o debate sobre descarbonização promovido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Eletra também participa da operação de transporte oficial das delegações, em parceria com a BRT-Amazônia, e é responsável pelos 40 ônibus elétricos do BRT Metropolitano de Belém — sistema que recentemente passou a oferecer viagens mais confortáveis e tarifas reduzidas à população, a partir de um novo modelo de integração entre cidades.

Segundo Milena, o Brasil vive um momento singular na transição energética do transporte coletivo. O país já possui uma das maiores frotas de ônibus elétricos da América Latina e consolidou capacidade industrial própria, o que garante autonomia estratégica, geração de empregos e desenvolvimento tecnológico local. “Quando a Eletra nasceu, falar em ônibus elétricos no Brasil parecia utopia. Hoje estamos na COP-30 mostrando que essa utopia se tornou política pública, indústria nacional e impacto social positivo”, afirma.

A executiva ressalta que sustentabilidade vai além da redução de emissões, abrangendo a adaptação dos veículos à realidade operacional de cada cidade. “Não existe um ônibus elétrico universal. Países como o Brasil têm realidades climáticas, sociais e econômicas muito distintas entre si. Não basta importar um modelo pronto; é preciso desenvolver a solução certa para cada operação, junto aos operadores e gestores públicos”, destaca.

Nesse sentido, a Eletra mantém, além da produção de veículos, o programa Eletra Consult, que oferece suporte técnico às cidades e operadores. O serviço auxilia no planejamento da infraestrutura de recarga, obras em garagens, capacitação de motoristas, mecânicos e eletricistas, e na elaboração de modelos financeiros sustentáveis. Milena lembra que a eletrificação abre espaço para novos ciclos de uso das baterias, que futuramente poderão abastecer hospitais, escolas e residências. “Sustentabilidade é pensar o ciclo completo e o futuro que ele viabiliza”, reforça.

A dirigente também avalia que um transporte verdadeiramente sustentável precisa equilibrar três dimensões: a ambiental, que reduz poluentes e melhora a qualidade do ar; a econômica, que se torna mais eficiente com o avanço das tecnologias; e a social, que fortalece a indústria nacional, gera empregos qualificados e melhora a experiência do passageiro. “Transporte público não é despesa, é investimento. Quem anda de ônibus elétrico sente imediatamente a diferença no conforto, no silêncio e na qualidade do trajeto. Não é apenas deslocar pessoas, é oferecer dignidade”, conclui.

Para Milena Braga Romano, a transição energética no transporte deve ser encarada como compromisso e não apenas tendência. “Tenho convicção de que o ônibus elétrico vai além de não poluir. Ele é uma ferramenta de transformação urbana, econômica e humana. Quando o passageiro escolhe esperar pelo elétrico, ele não está escolhendo apenas um meio de transporte; está escolhendo o futuro.”

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