Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Marcopolo / Secco Comunicação)
A Marcopolo encerrou o terceiro trimestre de 2025 com receita líquida consolidada de R$ 2,505 bilhões, o que representa um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado, principalmente, pelas operações internacionais, com aumento de volumes e melhor composição de vendas, tanto nas exportações quanto nas unidades fora do Brasil.
O lucro bruto da empresa somou R$ 668,7 milhões, alta de 15,9% sobre o 3T24. Nos primeiros nove meses do ano, o valor chegou a R$ 1,646 bilhão, crescimento de 11,8% em relação a 2024. O EBITDA totalizou R$ 419,8 milhões, com margem de 16,8%, enquanto o lucro líquido consolidado atingiu R$ 329,6 milhões, equivalente a uma margem de 13,2%.
A produção total no trimestre foi de 4.127 unidades, número próximo ao registrado no mesmo período do ano passado (4.133). No Brasil, houve redução de 5,1%, enquanto as operações internacionais cresceram 26,2%, com 829 unidades produzidas.
Entre os destaques estão a Marcopolo Austrália (Volgren), que ampliou sua rentabilidade e lançou o modelo Paradiso G8 1300; a Marcopolo Argentina (Metalsur), com bom desempenho em rodoviários de alto valor agregado; e a Marcopolo África do Sul (MASA), que apresentou expansão de entregas e resultados positivos. Já a Marcopolo China (MAC) manteve resultado líquido positivo após a reestruturação de 2024.
“Os modelos rodoviários e urbanos de maior valor agregado ganharam representatividade na receita líquida do trimestre, com destaque para as exportações e operações internacionais, compensando a acomodação de volumes no mercado interno, impactado pelos altos custos de financiamento”, explica o CFO da Marcopolo, Pablo Motta. “A atuação global tem permitido alcançar resiliência nos resultados, mesmo diante de um cenário local desafiador.”
A Marcopolo reforçou sua liderança no mercado brasileiro de carrocerias, elevando o market share para 48,7% no 3T25, com destaque para o segmento de micros, que registrou aumento de 17,3 pontos percentuais. O segmento de urbanos segue em recuperação gradual, impulsionado pelo programa federal Refrota e pelo envelhecimento das frotas.
No trimestre, a empresa entregou 64 carrocerias elétricas no Brasil, totalizando 111 unidades Attivi em 2025, frente a oito em todo o ano anterior. No segmento de micros e Volares, as entregas para o programa Caminho da Escola chegaram a 631 unidades, ante 507 em 2024.
Os investimentos somaram R$ 103,2 milhões no 3T25 e R$ 236,3 milhões nos nove primeiros meses do ano. Para o quarto trimestre, a Marcopolo prevê ritmo forte de entregas até novembro, seguido de desaceleração em dezembro, e boas perspectivas para exportações a mercados como Chile, Argentina e Peru.
Entre as prioridades estão as propulsões alternativas e os programas federais de renovação de frota. A empresa também trabalha na homologação dos modelos Paradiso G8 para o mercado europeu, com primeiras entregas previstas entre o final de 2026 e o primeiro semestre de 2027.
Os novos modelos, incluindo o Volare Attack 9 híbrido a etanol, reforçam a presença global da marca e seu compromisso com a descarbonização do transporte, tema que será destaque na participação da Marcopolo na COP30, em Belém (PA), em novembro.





