Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Caio Induscar)
A indústria brasileira de carrocerias de ônibus teve um início de ano positivo. De janeiro a março de 2025, foram produzidas 5.510 unidades, segundo dados da Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus). O número representa um crescimento de 15,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram fabricadas 4.769 carrocerias.
Somente em março, a produção atingiu 2.140 unidades, o que significa um avanço de 22,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado e de 13,5% sobre fevereiro deste ano. A retomada da atividade é puxada, sobretudo, pela demanda no mercado interno, que absorveu 4.913 dessas carrocerias — um volume 20,9% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2024, quando foram comercializadas 4.065 unidades.
No detalhamento por segmento, as fabricantes entregaram 2.407 carrocerias urbanas no acumulado de três meses, com crescimento de 5,5%. As rodoviárias totalizaram 1.665 unidades, alta de 10,7%, enquanto os micro-ônibus somaram 1.438 veículos.
A Caio Induscar lidera o ranking de produção, com 1.869 unidades fabricadas no trimestre, o que representa uma fatia de 33,9% do mercado. A Marcopolo aparece em seguida, com 1.525 carrocerias e participação de 27,7%. Outras empresas relevantes no setor incluem a Mascarello, com 765 unidades (13,9%), a Neobus, com 538 (9,8%), a Comil, com 406 (7,4%), a Carbuss (Busscar), com 263 (4,8%) e a Irizar, com 144 unidades (2,6%). Considerando a produção conjunta da Marcopolo com sua controlada Neobus, o grupo detém 37,4% de participação no mercado nacional.
Por outro lado, as exportações do setor recuaram. Foram enviados 597 ônibus ao exterior entre janeiro e março, queda de 15,2% em comparação ao mesmo período de 2024. O segmento rodoviário lidera as exportações, com 527 unidades, seguido pelos micro-ônibus (41) e pelos urbanos (29). A Marcopolo liderou nas vendas externas com 341 unidades exportadas, seguida pela Irizar (143), Comil (59), Carbuss (36), Caio (15), Volare (14) e Mascarello (3).
O desempenho reforça o bom momento do mercado interno, impulsionado por políticas públicas de renovação de frota e aquecimento da demanda urbana. Enquanto isso, o cenário internacional segue desafiador, exigindo estratégias mais agressivas para retomada das exportações.
