Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Mercedes-Benz do Brasil)
O transporte rodoviário responde por cerca de 65% das cargas movimentadas no Brasil, sendo o principal meio de transporte de mercadorias no país. Em 2024, o setor logístico brasileiro deve movimentar aproximadamente US$ 640 bilhões, segundo a consultoria Mordor Intelligence. Esse volume depende do trabalho de cerca de 1,9 milhão de transportadores rodoviários de carga, que diariamente percorrem as estradas brasileiras.
No dia 17 de setembro, celebra-se o Dia do Transportador Rodoviário de Carga, ocasião que traz à tona discussões sobre como a tecnologia vem impactando positivamente a rotina dos caminhoneiros e como essas inovações podem ser aperfeiçoadas. Entre os benefícios proporcionados pela tecnologia, destacam-se o maior controle e eficiência nas operações. Com base em dados em tempo real, é possível otimizar rotas, evitando congestionamentos e trechos críticos, o que reduz custos e melhora a pontualidade nas entregas. A análise preditiva também ajuda a antecipar e mitigar problemas em estradas, garantindo mais agilidade e menos interrupções, algo crucial, já que 60% das rodovias brasileiras são consideradas precárias ou ruins, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT).
“A tecnologia trouxe avanços que impactam diretamente o nosso dia a dia nas estradas. Hoje, contamos com sistemas de roteirização inteligente que nos ajudam a planejar rotas, evitar engarrafamentos e escolher estradas em melhores condições, o que torna as viagens mais rápidas e seguras”, afirma Moises Ramos, motorista da Pegaki.
Além disso, o rastreamento em tempo real proporciona mais segurança ao identificar áreas de risco e evitar regiões com altos índices de furtos. Segundo a NTC&Logística, mais de 14 mil roubos de carga foram registrados no Brasil em 2023, reforçando a importância da tecnologia para a segurança dos motoristas. Soluções offline também permitem rastreamento em áreas sem sinal, transmitindo dados assim que o veículo entra em regiões com cobertura.
Para Luiz Ribeiro, vice-presidente de Vendas e Alianças do Grupo Intelipost, essas inovações também impactam diretamente a qualidade do trabalho dos caminhoneiros. “Quando otimizamos os processos, as melhorias sempre impactam quem está na ponta final da logística: o caminhoneiro e a caminhoneira. Eles sustentam toda a cadeia, e melhores condições de trabalho se refletem em melhores entregas aos brasileiros”, afirma Ribeiro.
Além de melhorar a eficiência, a tecnologia também contribui para práticas de ESG no setor, com iniciativas que monitoram emissões de poluentes, promovem o uso de frotas elétricas e garantem a conformidade regulatória, tornando o transporte mais sustentável e seguro para os motoristas.