Do PORTAL UNIBUS
Foto: Reprodução (Freepik)
Em maio, diversas ações ao redor do mundo visam conscientizar a sociedade sobre a alarmante quantidade de mortes e acidentes no trânsito. Em resposta a essa preocupação crescente, o governo brasileiro lançou a campanha “Paz no Trânsito Começa Por Você”, com o objetivo de diminuir a incidência de acidentes de trânsito, que, segundo dados do Sistema de Informação Hospitalares (SIH), custaram ao Sistema Único de Saúde (SUS) 36 milhões de reais apenas nos anos de 2022 e 2023.
A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), representada pelo Dr. Marcos Wagner, recentemente se reuniu com a diretoria da Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Conforme o Dr. Wagner, a SBN planeja liderar uma iniciativa inédita: “Vamos produzir vídeos com neurocirurgiões dando orientações sobre traumatismo craniano, lesões da coluna vertebral e dos nervos periféricos para uma campanha educativa contínua à população”, declarou.
Dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), mantido pelo Ministério da Saúde, indicam que o número de mortes no trânsito aumentou de cerca de 32 mil em 2019 para 34 mil em 2022, o último ano com dados disponíveis. A Dra. Vanessa Milanese, Diretora de Comunicação da SBN, enfatiza a necessidade urgente de reduzir os acidentes de trânsito, especialmente aqueles envolvendo motocicletas. “Muitos motociclistas chegam ao hospital com traumas na cabeça e na coluna, e às vezes em ambas as regiões. Nessas situações, o atendimento rápido é crucial, pois cada minuto pode fazer a diferença na recuperação. A velocidade, distrações ao volante e a falta de uso de equipamentos de segurança, como cintos e capacetes, são temas que precisam ser constantemente lembrados”, ressalta a neurocirurgiã.
Prevenção é fundamental para salvar vidas
A campanha “Pare, Pense e Prossiga: Prevenir Acidentes é o Melhor Caminho” da SBN destaca a importância de promover a conscientização sobre a prevenção de lesões cerebrais e de coluna causadas por acidentes de trânsito. A especialista sublinha a necessidade de medidas preventivas para reduzir o número de ocorrências e salvar vidas. “É preciso coragem, campanhas, investimento e responsabilidade para prevenir e evitar o alastramento desse tipo de trauma que ceifa tantas vidas e dilacera muitas famílias. Mesmo quando a pessoa não venha a falecer, ela pode ficar paraplégica, com problemas neurológicos ou até mesmo tetraplégica se a medula na região da coluna cervical for muito comprometida. São minutos que podem mudar uma vida completamente”, conclui a Dra. Milanese.